Quando o jovem imigrante panamenho Rubén Blades foi contratado pela Fania Records para trabalhar no departamento de correspondência da empresa, Johnny Pacheco e Jerry Masucci, seus fundadores, não poderiam imaginar que ali estava o compositor que, ao lado do cantor Willian Colon, seria responsável pelo maior sucesso da gravadora: o LP "Siembra". Lançado em 1978, o disco vendeu mais de 25 milhões de cópias nos E.U.A. e na América Latina e é considerado a obra-prima de Rubén Blades.
Reunindo canções de Blades e de outros compositores de Salsa, "Siembra" traz pérolas como "Plástico", "Buscando Guayaba", "Pedro Navajo", "Ojos" e a música título, "Siembra", orquestradas por feras do calibre de José Torres (piano), José Mangual Jr (maracas), Adalberto Santiago (percussão), Eddie Rivera (baixo), entre outros nomes da música caribenha.
"Siembra" chegou às lojas no melhor momento da Salsa novaiorquina (o ritmo surgiu em Cuba, mas ganhou o mundo a partir de Nova York, onde os músicos a mesclaram com outros estilos em busca da sonoridade que tivesse o "sabor latino-americano" - a Salsa, enfim) e foi um divisor de águas entre o apogeu e a decadência do gênero: na década de 1980 surge a "Salsa Erótica", considerada uma "traição ao estilo", já que a Salsa é vista como "música machista e das ruas". A partir de 2.000 voltou a chamar a atenção do público e da crítica ao ser misturada a tendências modernas, o que deu origem a híbridos como o Merengue-House e o Salsa-Merengue. Porém, dificilmente as novas gerações de músicos e DJ's da Salsa de hoje conseguirão emplacar um clássico como "Siembra".
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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