domingo, 18 de março de 2012

Tudo o que é bom...


...dura o que tem que durar. E não será diferente com o blog Ou será que não? Durante três anos, buscamos levar aos 75.435 internautas que nos visitaram (até o presente post) informações variadas e temas relevantes, dosadas com pertinente bom humor. O Homem do Canadá partirá agora para novos projetos e desafios, galgando os patamares advindos com o porvir. Agradecemos a todos os seguidores e amigos do blog a fiel dedicação que nos reservaram ao longo do tempo. Após quase mil postagens, terminamos como começamos: estampando a primeira imagem usada no perfil do blog. Grandes conquistas nos esperam.
Abraço fraterno a todos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Seção Cult: “Coração Satânico”


Se você tem medo de bruxarias, cultos de vodu e sacrifícios de galinhas – ou ainda, é do tipo que não pode ver sangue -, então “Coração Satânico” (Angel Heart) não será o filme da sua vida. Mas se é expectador que não dispensa uma boa dose de suspense e situações sinistras, então não pode deixar de assistir a esta clássica película.
Produzido em 1987 e estrelado por Mickey Rourke no auge de sua forma física e vigor cênico, “Coração Satânico” mostra a bizarra investigação do detetive Harry Angel (Rourke) em sua busca pelo paradeiro do cantor de jazz Jonny Favorite. Contratado por um sujeito fleumático e misterioso (interpretado por Robert DeNiro), Harry Angel se descobre cada vez mais envolvido por uma teia de situações mal explicadas que, entre rituais de magia negra, testemunhas evasivas e sortilégios macabros, encurrala-o gradativamente na medida em que o verdadeiro paradeiro do crooner desaparecido se aproxima da revelação.
Baseado no romance “Falling Angel”, de Willian Hjortsberg, “Coração Satânico” foi dirigido por Alan Parker – que atualmente anda meio sumido dos tapetes vermelhos hollywoodianos, mas que, entre as décadas de 1970 e 1980, se notabilizou pela direção de bons filmes que nunca se assemelhavam uns aos outros. Disponível em DVD no Brasil, o único ponto fraco do disco está na versão desnecessariamente redublada – as vozes da dublagem original para a TV eram bem mais adequadas às personagens. No mais, nada que uma boa legenda não resolva: “Coração Satânico” será sempre um grande filme, independente da versão ou do formato disponíveis.

(Publicado em 07/05/2011)

Seção Cult: “Perry Rhodan”


Para os apreciadores de ficção científica, “Perry Rhodan” é sinônimo de aventuras interplanetárias, universos paralelos e viagens no tempo. Mas pode ser interessante também aos leitores que não cultivam o hábito de enveredar pelo gênero - muito pela grande variedade de temas e enredos existentes ao longo dos 50 anos em que “Perry Rhodan” foi publicado.
Lançado na Alemanha em 1961 como um periódico semanal no formato livro de bolso, “Perry Rhodan” foi criado por K. H. Scheer e Clarck Darlton, que logo passaram a dividir as futurísticas histórias do astronauta com uma equipe alternada de escritores – daí a longevidade desta série literária, que ultrapassou a marca dos 2.500 exemplares. Possui uma narrativa dividida em ciclos, cada qual explicando alguma era dentro da cronologia da série e podendo se estender de 200 a 800 números. São eles:
•Via Láctea (do nº 1 ao nº 199)
•Galáxias Alienígenas (do n º200 ao nº 399)
•Desintegração do Império (do nº 400 ao nº 699)
•Superinteligências (do nº 700 ao nº 999)
•Código Moral (do nº 1000 ao nº 1399)
•Ativadores Celulares (do nº 1400 ao nº 1599)
•O Grande Enigma Cósmico (do nº 1600 ao nº 1799)
•Thoregon (do nº 1800 ao nº 2599)
No Brasil, “Perry Rhodan” foi publicado de 1975 a 1991 pela editora Ediouro, que lançou os episódios nº 1 a nº 536. Voltou a ser produzido 10 anos depois pela SSPG a partir do nº 650, porém a editora suspendeu a publicação em janeiro de 2007 após o lançamento do volume duplo números 846/847, deixando órfãos os fãs brasileiros da série. Mas é possível fazer o download dos exemplares de “Perry Rhodan”: o 4Shared (http://www.4shared.com/) é uma das melhores opções, já que o site permite ao internauta baixar vários episódios de uma só vez. Viaje pelas emoções intergalácticas de “Perry Rhodan” e tenha uma boa leitura!

(Publicado em 10/06/2011)

Seção Cult: “Simply Red – Life” (1995)


O Simply Red acabou em dezembro de 2010 após uma década de muita atividade nos palcos e pouca criatividade nos discos – à exceção de “Stay” (2007), que agradou tanto o público quanto a crítica. Mas houve um tempo em que adquirir algum dos LP’s ou CD’s da banda era garantia de levar um produto de inquestionável qualidade para casa – sorte de quem hoje está na faixa dos 30 aos 45 anos de idade e pôde apreciar o que o Simply Red tinha de melhor a oferecer ao mundo no exato instante em que isso acontecia.
E foi nesse período de extrema fertilidade artística e maturidade musical que a banda inglesa lançou um de seus melhores trabalhos, “Life” (1995). Conhecido pela alternância de músicos ao longo de seus 26 anos de existência , o Simply Red era então formado pelo genial Mick Hucknall (vocal e letras), Fritz McIntyre (teclado e backing vocal), Ian Kirkham (saxofone e teclados) e pelo guitarrista brasileiro Heitor T.P. “Life” contou ainda com a participação de vários artistas convidados, do calibre de Sly Dunbar, Robbie Shakespeare e Bootsy Collins, entre outras feras. Essa turma reunida só poderia produzir verdadeiras pérolas como “You Make Me Believe”, “Never Never Love”, “So Many People”, “Remebering The First Time”, “So Beautiful” e, claro, a fulminante e quase experimental “Fairgroud” (que alcançou o topo das paradas no Reino Unido), maravilhas que desfilam entre as 10 canções de um disco cuja excelência vai de ponta à ponta.
Ao menos em parte, é possível que as qualidades de “Life” tenham sido encobertas pelo eco persistente de “Stars” (1991): lançado quatro anos antes, é ainda considerado pela maioria dos fãs como o melhor disco da banda. De fato, a tríade “A New Flame” (1989) – “Stars” (1991) – “Life” (1995) corresponde ao período no qual o Simply Red produziu seus melhores e mais inspirados trabalhos, fazendo uso de uma criatividade que não se repetiria em projetos posteriores, como os mornos “Blue” (1998) e “Love And The Russian Winter” (1999). Além de fechar a tríade, o disco se destaca por sustentar uma linha melódica equilibrada, sem nuances de desnecessária ousadia, desenvolvendo sua perfeita musicalidade em consonância com a voz cristalina e primorosa de Mick Hucknall. Assim como os dois discos que o antecederam, “Life” é fundamental em qualquer coleção que se preze: representa não apenas a excelência do Simply Red, mas também uma época em que a música produzida internacionalmente dispunha de grande qualidade – diferente das porcarias que tocam por aí nos dias de hoje.

(Publicado em 04/12/2011)

Seção Cult: “O Monstro Da Lagoa Negra” (1954)


Lembra daquele tempo em que, para assustar as pessoas, os filmes de terror dispensavam banhos de sangue ou cenas de violência gratuita? Se não lembra e se só conhece as películas de horror abarrotadas de clichês e continuações intermináveis dos últimos 25 anos, então está precisando mergulhar um pouco mais nas águas sinistras de um tipo de cinema que se destacava pela criatividade em lugar da crueldade. “O Monstro Da Lagoa Negra” (Creature From The Black Lagoon) é uma ótima oportunidade para conhecer um pouco mais do chamado “terror psicológico”.
Produzido em 1954 e dirigido por Jack Arnold, tem em seu elenco Richard Carlson, Julie Adams, Richard Denning, Antônio Moreno, Nestor Paiva e Bud Westmore. Notabilizado pelo estereótipo do “filme B”, “O Monstro Da Lagoa Negra” assusta mais pelas situações de suspense criadas ao longo do roteiro do que pela criatura anfíbia que inspira a trama – que, aliás, se passa na Amazônia Brasileira, onde o pesquisador Carl Maia fotografa o que parece ser a nadadeira de um anfíbio tido como extinto – porém, ninguém nota a presença da criatura, que está viva e próxima a eles. Carl viaja para mostrar sua descoberta e obter apoio financeiro e, ao retornar com outros pesquisadores, descobre que dois de seus funcionários que haviam ficado no acampamento estavam mortos. A equipe parte então para a Lagoa Negra, local onde encontra a misteriosa criatura que acreditam tratar-se do elo perdido entre duas espécies, uma aquática e outra terrestre. No entanto, a criatura se mostra muito hostil, atacando sempre que possível os membros da expedição.
No Brasil, “O Monstro Da Lagoa Negra” tornou-se um filme muito raro: há tempos não é exibido por canais pagos e já vai longe a época em que era transmitido por emissoras de sinal aberto. Para piorar, também não se encontra mais disponível nos catálogos oficiais de lançamentos em DVD. Por isso, se tropeçar com algum velho disco nos sebos de cinema da vida, não perca a oportunidade de conferir este que, de tão despretensioso, acabou por se tornar um dos grandes clássicos do terror underground.

(Publicado em 30/09/2011)

Seção Cult: “Vítimas Do Milagre”, Detrito Federal (1987)


O Detrito Federal é uma das mais consagradas bandas nacionais de punk – e também uma das mais antigas, na estrada desde 1983. Entre idas e vindas, muita gente boa já passou pelo Detrito, como Vitor Babu, Pedro Hiena, Paulo Delegado, Milton Medeiros, Simone Peres (mais conhecida como Syang) e, claro, Mila Menezes, Bosco e Paulo César Cascão. A banda também se apresentou ao lado de outros grupos em momentos históricos do nosso punk, como Escola de Escândalos, Elite Sofisticada, Filhos de Mengele e Finis Africae, foi convidada para coletâneas (“Rumores”, de 1985 e “Cult 22”, gravado em 1997) e participou de inúmeros festivais – chegando a aparecer em rede nacional via Rede Globo (programa Mixto Quente, de 1986).
Em meio a diferentes contextos socioeconômicos de cada época e ao troca-troca de integrantes da banda, o Detrito Federal trilhou por diferentes estilos, entre os limites do punk e do new wayve – fato que gerou atritos entre os diferentes integrantes do grupo. No entanto, não há como negar que um dos pontos mais altos do Detrito Federal foi o lançamento do LP “Vítimas Do Milagre” (1987). Produzido pelo ex-Titãs Charles Gavin, o disco continha pérolas como “Se o Tempo Voltasse”, “Adolescência”, “O Vírus do Ipiranga”, “Dependentes do Grito”, “O Último Grito”, “Ta Com Nada”, “Vítimas do Milagre”, entre outras. A capa, inconfundível, pode ser considerada uma das mais ousadas da história do Rock brasileiro, principalmente se levarmos em conta que o álbum chegou às lojas pouco depois do fim do Regime Militar, período em que o Departamento de Censura da Polícia Federal ainda se encontrava em atividade.
Atualmente, o Detrito Federal tem em sua formação Alex Podrão (voz), Bill (Baixo), Nilson Pontes (guitarra) e André Galego (bateria) e lançou, em 2002, o CD “Guerra, Guerrilha e Revolução”. Através de seu perfil no My Space é possível não somente contatar a banda, mas também acompanhar sua agenda de shows, baixar músicas e fazer comentários sobre seus trabalhos mais recentes. E se por acaso você encontrar um raro exemplar de “Vítimas Do Milagre” nos sebos de discos da vida, não pense duas vezes em adquiri-lo: além de todas as suas qualidades, o disco de vinil está se tornando cada vez mais raro – foram vendidas 40 mil cópias na época de seu lançamento. Descubra mais sobre o Detrito Federal visitando o blog:
http://paineldorockbrasil80.blogspot.com/

(Publicado em 06/08/2011)

Seção Cult: “Ação Entre Amigos” (1998)


Ora exacerbados por retóricas inócuas, ora conceituais ou subjetivos em demasia, os filmes nacionais costumam não agradar ao grande público. E não se pode delegar culpa à ausência de qualidade técnica, já que profissionais de elevado gabarito não estão em falta nas principais produtoras tupiniquins. O problema é que, excetuando-se películas de forte apelo popular, boa parte das plateias brasileiras não se mostra muito disposta a acompanhar discussões filosóficas ou utopias políticas inerentes a alguns de nossos filmes, que acabam saltando dos estúdios direto para as prateleiras de DVD's ou para o limbo das grades de programação de alguns canais de TV por assinatura.
Se o prezado visitante é do tipo que dispensa ideologias baratas e não abre mão de uma história de tirar o fôlego, então o filme “Ação Entre Amigos” foi feito para você. Produzido em 1998 e dirigido por Beto Brant, o longa tem em seu elenco principal Leonardo Villar, Zécarlos Machado, Cacá Amaral, Carlos Meceni, Genésio de Barros e Melina Athis. De maneira contundente, mostra o drama vivido por quatro amigos que, no passado, tiveram grande participação em grupos de guerrilha urbana na luta contra o Regime Militar que governava o Brasil no início da década de 1970. Mais de 30 anos depois os quatro se reencontram para, juntos, se vingarem do homem que, durante aquele período, os torturou implacavelmente. O problema é que nem todos concordam com a ideia de vingança, preferindo deixar o passado para trás – o que resulta num conflito de interesses e segredos, capaz de prejudicar a antiga relação de amizade entre eles..
Tenso, ágil e objetivo, “Ação Entre Amigos” não é o tipo de filme para ser visto com a vovó acomodada na poltrona da sala – dependendo, é claro, do que a vovó aprontou há três ou quatro décadas atrás. Destaque para as atuações magistrais de Leonardo Villar e Zécarlos Machado. “Ação Entre Amigos” merece todos as reverências e, por isso, não pode faltar em qualquer boa coleção. Indubitavelmente, figura entre os melhores filmes brasileiros produzidos no final da década de 1990.

(Publicado em 21/12/2011)

sábado, 3 de março de 2012

Um Centavo Por Seus Pensamentos...


Por Confúcio:

"Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador."

(Publicado em 06/05/2011)

Um Centavo Por Seus Pensamentos...


Por Dalai Lama:

"Dê a quem você ama asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar."

(Publicado em 19/08/2011)

Um Centavo Por Seus Pensamentos...


Por Buda:

"Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém: é sempre quem levanta a pedra que se queima."

(Publicado em 28/09/2011)

Um Centavo Por Seus Pensamentos...


Por Bob Marley:

"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida..."

(Publicado em 26/07/2011)

Um Centavo Por Seus Pensamentos...


Por Fernando Pessoa:

"O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela."

(Publicado em 01/11/2011)

Um Centavo Por Seus Pensamentos...


Por Mark Twain:

"Há duas ocasiões em que um homem não deve jogar: quando não tem dinheiro e quando tem."

(Publicado em 30/11/2011)

Um Centavo Por Seus Pensamentos...


Por Clarice Lispector:

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."

(Publicado em 06/04/2011)