quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A Você, Um Brinde...



31 de Dezembro de 2009, reveillon se aproxima, virada de ano, um novo ano...
O Homem do Canadá aproveita a oportunidade para fazer um brinde.
Um brinde a você que, durante o ano, trabalhou quase todos os dias, estudou quase todas as aulas, caminhou mais passos do que, a princípio, pretendia caminhar...
Um brinde a você que tornou-se mãe, que tornou-se pai, que tornou-se filho, nascendo para um mundo que sempre acreditamos, possa tornar-se melhor.
Um brinde a você que pagou os impostos nossos de cada dia, as necessárias e até desnecessárias contas, a festa do filho, a viagem do cônjuge, o presente da mãe...
Um brinde a você que viveu cada dia de 2009 com honestidade, com trabalho, não se deixando levar pela falta de ética exemplificada pelos abutres despreparados e imbecis que tomaram conta deste país, através de uma chamada "democracia" na qual ou você vota ou é severamente punido - a verdadeira democracia passa longe da obrigação. Mas eles não sabem, molóides que são...
Um brinde a você que superou a perda de uma pessoa amada, de um ente amado, mesmo de um relicário amado que lhe remetia a alguma boa recordação...
Um brinde a você que viveu sendo você, por viver a vida à sua maneira e não a maneira como gostariam aqueles que não o amam verdadeiramente apenas por não ser a pessoa que eles gostariam que fosse, pois você é você e isso está acima de qualquer outra vontade...
Enfim, O Homem do Canadá brinda a todos os que souberam realmente viver durante o ano de 2009, construindo sonhos, superando desafios, vencendo obstáculos. Aos que não souberam deixo um conselho no lugar de um brinde: nunca é tarde para aprender a fazê-lo - aproveitem 2010.
Feliz Ano Novo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Seção SEXO É FODA: Preferência Nacional!



Essa notícia deveria ter sido tratada como um furo de reportagem no Brasil, mas não foi - pelo contrário, passou quase despercebida. Afinal ela respondia uma daquelas questões que atormentam o sono da humanidade, tipo "quem veio primeiro, a galinha ou o ovo?", ou "Tostines vende mais porque está sempre fresquinho ou está sempre fresquinho porque vende mais?": por que o brasileiro gosta tanto de bunda?
O Homem do Canadá sabe que cada povo tem seus costumes, suas tradições: norte-americanos preferem seios, portugueses não desprezam um belo busso, afegãos ficam loucos com um tornozelo feminino e os argentinos, bem, só Deus sabe do que eles gostam. Mas o fato é que, no Brasil, a bunda é a preferência nacional, tomando dimensões de patrimônio histórico-cultural, que só não é tombada pelo IPHAN pra não ficar caidinha e muchibenta.
Palavra de origem africana, bunda é tipo saudade ou sacanagem: só existe na Língua Portuguesa. Nos tristes tempos da escravidão, havia uma tribo africana com a qual os portugueses mantinham contato: eram os Bundos, cujas mulheres se caracterizavam pelas suas nádegas extremamente generosas que encantavam - e taravam - o portugueses. De Bundos para bundas em geral, afro-brasileiras ou não, foi um pulo - na maioria das vezes, do gato.
Mas voltando ao furo - de reportagem, não da bunda -, cientistas descobriram que a atração demonstrada pelos homens por seios, pernas e, principalmente, nádegas das mulheres faz parte da chamada "inteligência genética intuitiva": mulheres com corpos luxuriosos e atraentes sinalizam para eles que são saudáveis e, portanto, poderão gerar-lhes saudáveis bebês já que, durante a gestação, parte da gordura existente nessas partes do corpo feminino ajuda na nutrição do feto. É intuitiva porque o homem não está ciente desse pensamento pois aje por instinto, movido pelo poderoso testosterona e pelos milhões de espermatozóides sedendos por algum óvulo.
Uma inocente recomendação às mulheres que visitam nosso blog: não cruscifiquem mais seus parceiros, amantes ou namorados por, eventualmente, desviarem o olhar mais de uma vez para uma bela bunda que passa ao seu lado. Não é ele quem está olhando, mas sim seus espermatozóides e hormônios dizendo: "vamos fazer um bebê, vamos fazer um bebê". Isso pode até ser uma coisa muito boa, afinal não se pode esquecer que, movidos pelos mesmos instintos, os portugueses acabaram "inventando" nossas maravilhosas mulatas!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Retrato Em Branco & Preto: Como Esquecer o Atari 2600?



O Homem do Canadá anda mesmo nostálgico neste final de ano!
Já posso imaginar o que você vai dizer: quem quer saber de Atari quando se tem Playstation, Nintendo, milhares de CD-Room's,DVD's, jogos de plataforma disponíveis na internet (inclusive da própria Atari)e outras tantas opções de games e jogos em geral? Praticamente ninguém, é verdade, até porque caso você se interesse em adquirir um, vai ter de recorrer a sites de vendas como o ML ou o Que Barato, pois há anos o Atari não se encontra disponível no mercado - ainda mais em suas velhas versões, cuja capacidade de memória é menor do que aquela que abastece os joguinhos no seu celular.
O que queremos enfatizar nessa postagem é o impacto que o video game teve na vida da garotada na década de 80. Isso porque o Atari, acima de tudo, foi pioneiro. Antes de ser disponibilizado no mercado brasileiro - e copiado por outros fabricantes, ávidos por roer o que se tornou um osso bastante lucrativo -, dependíamos de limitados fliperamas para jogar. Aí veio o Telejogo, o Odissey e, finalmente, o Atari 2600, cuja qualidade superior a de seus antecessores se converteu em um fenômeno de vendas na época.
Os jogos vão além do tosco para os padrões de hoje - como esquecer o Pac Man, o Enduro, Space Invaders, Montezuma, River Raid, Radar, Popeye, Space Tunnel, Hero e tantos outros cartuchos? -, mas eram espetaculares para uma geração que, praticamente, não tinha nada. Para os pais, o investimento compensava pois economizavam um troco em fichas (que a garotada não comprava) e ainda mantinham as crias dentro de casa (os "fliper's", na época, tinha censura, mas raramente a respeitavam).
Se o prezado visitante não sabe do que estamos falando (fichas, cartuchos, censura), provavelmente não tem idade suficiente para saber o quanto era legal chegar da escola, guardar a mochila da Commpany, fazer um lanche de pão com amendocrem, assistir Jornada Nas Estrelas na TV Manchete e, depois, ficar horas jogando Frogger ou Pittfall no bom e velho Atari 2600.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Seção Cult: "Elvis Country"



Quando o assunto é Elvis Presley, muito se fala de sua rebeldia nos anos 50, da estagnação de sua carreira e filmes de qualidade duvidosa da década de 60 e de suas roupas cafonas (que não eram cafonas para a época) nas turnês intermináveis dos anos 70. Todavia, pouco se fala de certos projetos do Rei do rock cuja qualidade justifica todo o indubitável talento que vibrava de forma perfeita em sua impecável voz.
É o caso do disco "Elvis Country" (RCA, 1971), no qual Presley mostra mais uma vez a sua diversidade artística. Ele já havia realizado projetos diferentes como os LP's de música gospel ("His Hand Is Mine", "How Great Your Art") ou enveredando pela soul music ("From Menphis, Tennesse"), sempre surpreendente, sempre impecável - em voz e arranjos. Tais "trabalhos paralelos" de Elvis Presley pareciam conter o seu toque pessoal, como se o rei fosse determinante na concepção final do álbum - e era, principalmente pelo explendor de seu canto.
Ininterrupto, com as faixas interligadas por trechos de "I'm 10,000 years ago", o LP "Elvis Country" trazia trilhas completas de ponta a ponta no lado A e no lado B. Lançado em CD na década de 80 (e até hoje, inédito no Brasil), o disco contém maravilhas como "Snowbird", "Tomorrow Never Comes" (onde a voz de Presley está arrebatadora), "Little Cabin On The Hill", "Funny How Time Slips Away" (muito executada por Elvis nos shows), "It's Your Baby, You Rock It", "The Fool" (cujo o arranjo foi utilizado por Raul Seixas no Brasil numa das versões de "As Minas Do Rei Salomão"), "Faded Love" e a quentíssima "Washed my Hands In Muddy Water".
Em tempos de softwars que compensam os desafinos dos cantores atuais até em apresentações ao vivo, ouvir Elvis Presley é mais que uma contemplação: é um prazer. Sua voz verdadeira e definitiva já impressionava nos discos clássicos dos anos 50 (como "Elvis Presley", o primeiro LP pela RCA, de 1956), passou quase despercebida nas bobagens que filmou nos anos 60 e tornou-se deveras ofegante nos repetitivos discos ao vivo da década de 70. Porém "Elvis Country" traz todas as qualidades do rei acrescidas de sua cumplicidade para com a obra. Você não poderá dizer que tem uma boa discoteca em casa enquanto "Elvis Country" não estiver disponível para acalentar seus ouvidos e ritmar seu coração.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Mané Garrincha: Fenômeno Mesmo Era Ter As Pernas Tortas!



Futebol era assim, pelo prazer de jogar, pela alegria de dar uma firula e humilhar o adversário, pelo regozijo da vitória. Futebol era assim, um trabalho divertido, uma saudável brincadeira, um convite à aventura. Futebol não era só o negócio pelo negócio, o lucro a qualquer custo, salários e contratos incompatíveis à importância social da função. Futebol era tudo isso e Garrincha era o próprio Futebol.
O “Anjo Das Pernas Tortas” como dizia Vinicius de Moraes, defendeu honrosamente a seleção brasileira, fez história com seus dribles que levavam os adversário ao chão, foi um vitorioso nos times que defendeu, em especial o Botafogo. Mas um melancólico final de carreira no início da década de 70 levou Mané Garrincha a um ostracismo do qual só saiu por ocasião de sua morte precoce, em 1983, vítima do alcoolismo – a imprensa lembrou-se de Mané, os companheiros de outrora voltaram a falar sobre ele, alguns familiares passaram a recorrer à Justiça na tentativa de ganhar qualquer trocado com a exploração de sua imagem por parte da mídia para, quem sabe assim, obter alguma herança que Garrincha não deixou.
O Homem do Canadá detesta os velhos questionamentos de sempre sobre “quem jogava melhor, Garrincha ou Pelé?”, pois esse tipo de pergunta não passa de uma grande bobagem. Ambos foram os melhores do mundo em suas posições, em suas qualidades enquanto profissionais e, jogando juntos, foram imbatíveis – tanto que a Seleção Brasileira nunca perdeu um jogo tendo à frente a dupla. Por tanto, os dois se igualam, não há melhor nem pior e sim um harmônico grupo de atletas que massacrou seus oponentes em duas copas do mundo.
Na voz de Moacir Franco em “Balada nº7”, o refrão “no vídeo-tape do sonho a história acabou” não condiz com a verdade. Mane Garrincha se foi há tempos, mas seu talento está imortalizado nas imagens que ele deixou – uma aula de verdadeiro futebol para os jogadores de hoje, pequenos e insignificantes diante do verdadeiro fenômeno que foi Garrincha.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL a Todos Os Amigos e Visitantes Do Blog "Ou será que não?"!!!



São os votos sinceros do Homem Do Canadá a todos os que acompanham ou mesmo casualmente visitam nosso blog.
E o presente não poderia ser melhor - pode não ser agradável de se ouvir, mas certamente é muito bom de se ver: Valeska Poposuda, em bela pose como Mamãe Noel para a Galeria de Fotos do Jornal O Dia, no Rio de Janeiro.
Quanto às mulheres que visitam nosso blog, de repente o presente pode até não lhes atrair muito, mas pelo menos proporcionamos a oportunidade de falar da saudável Valeska - afinal, se tem uma coisa que uma mulher gosta de fazer é falar de outra mulher.
Um grande abraço a todos e ótimas festas.
E lembre-se: se beber, não dirija - vai beijar na boca que,além de não ser proibido, é muito melhor do que álcool!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Um Conto De Natal



De autoria de Nani e publicado no extindo jornal O Pasquim 21 (nº 43, 10/12/2002) na sua coluna Loja de Inconveniências, segue a adaptação da crônica que postamos aqui no blog. É o espírito do natal tomando conta do Ou será que não?

CONTO DE NATAL


Ratazana era um menino de 10 anos e morava numa favela do Rio. Véspera de Natal, ele sabia que não ganharia nenhum presente. Merdinha, seu irmão de 8 anos, acreditava em Papai Noel e pediu a Ratazana para escrever uma carta ao bom velhinho. Ratazana poderia ter dito a verdade, mas só de curtição escreveu, num pedaço de papel, o que seria o desejo deles: ganhar uma bola no Natal. Merdinha colocou a carta no tênis furado e botou na janela do barraco e os dois irmãos foram dormir. Ratazana sem sonhar, Merdinha dormiu sorrindo, pensando que acordaria e veria a bola (...).
O velho compositor Nunuca passava pelas vielas da favela, escorou num barraco para urinar, viu o tênis na janela e, dentro, um papel. Curioso, leu a carta que era endereçada a Papai Noel. O menino que morava no barraco acordaria frustrado pois nada ganharia. Sensível, o compositor da velha-guarda pensou que poderia realizar o sonho do garoto. Relembrou suas próprias frustrações do tempo em que, criança, era sempre esquecido no Natal (...).
Mas como ajudar? Nunuca era um ferrado na vida. Não tinha dinheiro para comprar uma bola. Já tinha desistido de ajudar o pivete quando tropeçou num sapo que pulava pelas valas negras. Teve uma idéia. Colocou o sapo dentro do tênis. O menino não ganharia uma bola, mas teria um bicho que poderia ser seu amigo, brincar com ele e amenizar a desilusão de não ganhar presente sonhado. Nunuca achou que agira certo, foi dormir feliz, orgulhoso pela ação que praticara.
E o dia de Natal amanheceu na favela. Merdinha e Ratazana voaram para a janela esperando encontrar, dentro do sapato, um presente. Que raios de presente era aquele? Pediram uma bola e ganharam um sapo.
No campo de pelada da favela, Ratazana e Merdinha juntaram-se a outros meninos e fizeram dois times de futebol. O time de Merdinha e Ratazana ganhou de dois a zero. A partida terminou aos quinze minutos do primeiro tempo, quando já não restava quase nada da bola, quer dizer, do sapo.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Homem do Canadá Apresenta: As Melhores Dicas Para Que Suas Férias Não Sejam Frustradas!



Natal quase chegando, garotada recebendo o boletim, amigo oculto na empresa... Dezembro é um mês especial para muitos que estão às vesperas das esperadas férias. Mas para que suas férias não se tornem desesperadas, O Homem do Canadá preparou um seleção de dicas que, se seguidas à risca, evitarão esse risco:
Dica nº 1: Se você vai viajar de carro, não esqueça de verificar o nível - não do óleo, mas sim das pessoas que viajarão com você! Levar amigos ou parentes que soltam gases no carro ou arrotam no restaurante não será algo que lhe proporcionará muita diversão.

Dica nº 2: Não leve aquele seu parente do interior que nunca viu uma praia, ronca a noite inteira e vai tomar o breakfast com aquele bafo de rato podre capaz de impregnar a mesa.

Dica nº 3: Se levar a sogra, não permita que ela use aquele maiô grená ridículo, pois alguém pode acabar achando que você anda rangando a véia!

Dica nº 4: Não vá à praia acompanhado daquela sua cunhadinha normalista que não abre mão do curso de dança e ainda adora malhar 3 vezes por semana: você pode acabar rangando a nova!

Dica nº 5: É importante não esquecer o Sonrisal e o Engove. Sonrisal pra depois de encarar a dobradinha com jiló que a sua sogra sempre cisma de fazer e Engove pra nunca perder a noção de perigo para quando aquela véia divorciada e cheia de fome estiver por perto!

Dica nº 6: Se por acaso você levar seu sogro ao invés de sua sogra, não esqueça de levar o baralho, o dominó e seu velho jogo de bingo. Assim o velho fica ocupado e não fica secando seu relacionamento com a filha dele (ou as filhas, se não der pra segurar a onda com a cunhadinha normalista).

Dica º 7: Por fim, nossa última dica. Nunca se deixe levar por aquela conversa fiada de cunhado do "paga essa rodada que quando chegar no Rio eu te pago". Certamente ele vai passar todo o caminho da volta te distraindo com outros assuntos para depois fingir que esqueceu na hora em que descer do carro. Quando você for meter a mão na carteira ou conferir o extrato do cartão de crédito, certamente vai se lembrar, mas seu cunhado já vai estar tão longe quanto a sua grana!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Seção VIRABREQUIM: Passado Futurista



Você dirigiria este carro? Ou melhor, você compraria este automóvel se tivesse oportunidade?
A não ser que você seja um colecionador incurável, possivelmente sua resposta será não. Afinal, onde conseguir peças para manutenção? Haveria mão-de-obra especializada disponível para realizar eventuais consertos no carro? Para o condutor do dia a dia, essas perguntas já seriam um grande obstáculo à aquisição dessa relíquia. Se levarmos em conta o design dos carros atuais, muitos já torceriam o nariz sem nem ao menos levar em conta tudo isso.
Porém, amigo visitante, saiba que se estivéssemos em 1965, possivelmente você agora estaria babando por este carro, pois trata-se de um raríssimo Dodge Deora, ganhador do prêmio Ridler Award na feira de Detroit de 1967. No ano seguinte foi imortalizado como um dos 16 modelos "hot wheels" da época. Com esse visual arrojado (inspirado no Dodge A100), o Deora não contava com portas laterais e o embarque era feito pelo pára-brisa dianteiro, que se abria a até 180º. Este exemplar da foto - totalmente restaurado - esta prestes a ser leiloado em lances que devem ficar entre 350 a 500 mil dólares.
Cada época tem seu estilo, cada estilo tem seu momento. Ter um Dodge Deora é como resgatar aquele momento que passou, garandindo-o à posteridade. Você pode gostar ou não de seu design futurista de 1965 - com interior repleto de controles e sem pedais -, porém uma coisa é irrefutável: mesmo que nunca conduza esse automóvel e seu mirabolante painel de controles, uma viagem ao passado já está grantida por ele.

domingo, 20 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Seção TV Pra Ti Ver: Perdidos No Espaço



"Perdidos No Espaço" (Lost In Space) é uma daquelas séries que, ou você ama, ou você odeia. O Homem do Canadá não chega a amá-la, porém odiá-la nem de longe - mas gostava muito nos tempos de garoto e aprecio até hoje. Produzida no final da década de 60, a série mostrava as aventuras da família Robinson na nave Júpiter 2 que, devido a uma sabotagem do inesquecível Dr. Smith (Jonathan Harris, em memorável interpretação), perdeu-se nos confins do espaço, obrigando os tripulantes a tentar encontrar um caminho de volta para a Terra.
Foram três temporadas que variaram bastante no quesito qualidade: a primeira, ainda com alguns episódios em preto e branco, mais séria; a segunda, ainda mantendo certa seriedade nos episódios; a terceira, bem mais escrachada, com alguns bons episódios - mas também com idéias bizarras, como monstros vegetais e concursos galáticos de beleza.
Produzida por Irving Allen (o mesmo de "Terra de Gigantes" e "Túnel do Tempo", outras boas séries), "Perdidos No Espaço" foi cancelada sem que a família Robinson retornasse à Terra. Em 1998, a série foi levada às telonas, porém sem muito sucesso (apesar dos bons efeitos especiais e um elenco de relativa qualidade, o roteiro tosco e a tentativa de "modernizar" alguns personagens quase puseram o filme a perder). Mas não era a mesma coisa. Pra quem gosta de "Perdidos No Espaço", a série e todos os seus componentes (a abertura, a música da abertura, o inesquecível robô dizendo "perigo, perigo, perigo" e até a dublagem original) não podem ser refeitos com o mesmo glamour.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Retrato Em Branco & Preto: Como Esquecer A Kolynos?



Hálito mais refrescante! Kolynos, ahhh!
Como esquecer o creme dental Kolynos que, durante tantos anos, fez parte do dia a dia dos brasileiros? Depois de adquirida pela Colgate na década de 90, a marca foi rebatizada como Sorriso mas,obviamente, não é a mesma coisa, não tem o mesmo charme - nem é capaz de nos remeter a antigas e boas lembranças.
Como esquecer os comerciais da Kolynos, tão plenos de juventude, mergulhos em piscinas e, claro, dentes brancos - muito mais brancos. Assim como tantas outras coisas daquela época, a saudosa pasta de dentes não existe mais. Porém há uma remota possibilidade de que a Colgate volte a utilizar a marca e dê fim a triste sorriso. Existem cláusulas contratuais exigidas pelo CADE e impostas à Colgate que demandam longos períodos estabelecidos na época, dentre elas a que autoriza o uso da marca. Todavia, já faz um bom tempo que tais contratos foram assinados e alguns desses períodos podem estar chegando ao fim!
Pode ser que isso aconteça, pode ser que não. Mas, se acontecer, será bem interessante ver novos reclames da Kolynos com piscinas, mergulhos e, claro, dentes muito mais brancos!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Agora, Falando Sério: Ideologia - Eu Quero Uma Pra Viver!



Tomamos um bolo. Não aquele bolo de sempre, quando a pessoa pretendida nos deixa esperando por horas a fio para, depois, justificar a própria ausência com uma daquelas desculpas mais esfarrapadas do que uniforme de juiz em jogo do Coritiba.
Levamos um bolo do desmoralizado conceito de ideologia. Há 20 anos, Cazuza a cantou e, hoje, tanto tempo após sua morte, ele nunca teve tanta propriedade em afirmar “eu quero uma pra viver”.
O vazio ideológico impera no Brasil. Quando me refiro à ideologia, não estou classificando como tal o político-partidário hipócrita de sempre. Refiro-me à ideologia na fonte, originária do povo e a ele destinado, capaz de mover as massas por uma causa comum, conquistando-a com sinceridade, independente de benefícios políticos que tal ideologia poderia proporcionar.
Nada disso existe no Brasil. O que impera é a lei da sobrevivência nas classes desfavorecidas, a lei do mais forte nas classes abastadas e a lei da “farinha pouca, meu pirão primeiro” nas classes políticas e em todas as demais que usufruem o péssimo direito de legislar em causa própria.
Tomamos um bolo, com o sabor amargo da desesperança, recheado de desilusão.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

As Coisas Esquisitas Desta Vida: Mentiras Do Cotidiano



Assim como todo mundo, O Homem do Canadá também está acostumado àquelas pequenas mentiras que ouvimos por aí quase todos os dias, quase sem pensar, quase sem querer... Algumas são relativamente inócuas, outras podem nos trazer prejuízos financeiros e algumas, até mesmo, nos magoar. Mas o fato é que tais mentiras existem e, por isso, quase que prestando um serviço de utilidade pública ao visitante deste blog, seguem abaixo alguns caôs muito comuns. Provavelmente você já deve ter ouvido alguns deles na vida - só não vai dizer que não, hein! Vai tá na cara que é mentira!

* Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta;
* Você está cada vez mais jovem;
* Pode contar comigo;
* Nunca broxei;
* Você foi a melhor transa que eu tive;
* Pode deixar que eu te ligo;
* Seu bebê é lindo;
* Nossa, como você emagreceu;
* Somos apenas bons amigos;
* Não se preocupe, vai dar tudo certo;
* Com certeza no final de semana seu carro vai tá pronto;
* Só bebo socialmente;
* Não vou contar pra ninguém;
* Eu estava passando por aqui e, não sei porque, resolvi subir;
* Isso é para o seu próprio bem;
* Isso vai doer mais em mim do que em você;
* Pode me emprestar o carro tranquilo que eu só vou até 80;
* Pode levar a roupa que ela não vai encolher;
* Essa roupa é a sua cara;
* Tudo o que é meu, é seu;
* Isso nunca aconteceu comigo;
* Só vou pôr a cabecinha;
* Dinheiro não traz felicidade.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

As Difíceis Escolhas Da Vida: Os Cachorros Ou As Mulheres?



Não se trata de um ataque de machismo por parte do Homem Do Canadá: a verdade é que adoro as mulheres e não veria sentido na vida se não fosse por elas. Mas, de vez em quando, uma boa farra faz bem pra saúde! É por isso que levanto agora uma das grandes dúvidas da História da humanidade: o que é melhor para o homem, os cachorros ou as mulheres? Tire suas próprias conclusões!

Vantagens Dos Cachorros

* O cachorro não chora à toa;
* O cachorro se amarra quando você traz seus amigos para casa;
* O cachorro não liga se você usa ou não o shampoo dele;
* Quanto mais tarde você chega em casa, mais excitado o cachorro fica ao lhe ver;
* O cachorro vai lhe perdoar se você brincar com outros cachorros;
* O cachorro não vai ficar irritado se você chamá-lo por nomes de outros cães;
* O cachorro não pede pra você comprar nada;
* O cachorro adora quando você esquece um monte de coisas espalhadas pelo chão;
* Os parentes do cachorro nunca o visitam;
* O cachorro não odeia seu corpo;
* O cachorro não critica você;
* Perante a Lei, não há problema em manter um cachorro preso dentro de casa;
* O cachorro não lhe faz perguntas sobre outros cães que você já teve;
* O cachorro não lê artigos de revistas que costumam direcionar sua vida;
* O cachorro não reclama;
* O cachorro é fiel ao seu dono;
* O cachorro não percebe quando seu dono está fora de forma;
* O cachorro, apesar do excelente faro, não fica perguntando "que cheiro esquisito é esse?".

Semelhanças Entre Os Cachorros E As Mulheres

* Mulheres e cães não entendem nada de futebol;
* Ambos não sabem que, às vezes, um pouco de silêncio é bom.

Vantagem Das Mulheres

* Ainda é socialmente aceitável manter relações sexuais com as mulheres.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Seção SEXO É FODA: Carlos Zéfiro Era Foda!



Sorte de quem entrou na adolescência entre as décadas de 50 e 80: a nudez não era tão escancarada e, talvez por isso, o desabrochar da sexualidade acontecia de forma bem mais discreta e prazerosa. Afinal não tínhamos TV a cabo, nem centenas de opções penduradas nas bancas de jornais, nem You Tube ou mesmo Google imagens: tínhas imaginação e... Carlos Zéfiro pra dar uma mãozinha (no bom sentido, claro).
Autodidata nos desenhos de talento inquestionável, Carlos Zéfiro era o pseudônimo do funcionário público Alcides Aguiar Caminha, que trabalhou toda a vida no setor de Imigração do Ministério do Trabalho. Casado e pai de 5 filhos, manteve a identidade de quadrinista erótico escondida até pouco antes de falecer, em 1992. Ganhou uma grana por fora, principalmente com os chamados "catecismos" - as revistinhas pornográficas assinadas como Carlos Zéfiro -, mas era também um compositor de mão cheia, chegando a compor quatro sambas para a Escola de Samba Mangueira.
Carlos Zéfiro hoje pertence ao imaginário popular. Quanto ao imaginário dos jovens que compravam os exemplares de seus "catecismos" escondidos dentro de um jornal qualquer - bem, esse já se converteu em sacanagens reais há muito tempo. Sorte de quem pôde, naquela época, apreciar obras como "Helen", "Kátia", "Parafuso & Mulher Biônica", "Hotel Dos Prazeres", as séries "Eu Fui Hippie" ou "Domada Pelo Sexo": não tínhamos as facilidades e comodidades de hoje, mas vivíamos experiências que ficaram na memória, pois tínhamos bem mais com o que imaginar...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Seção VIRABREQUIM: Motoqueiros Cabeçudos!



Antes que os amantes da vida em duas rodas protestem contra o título desta postagem, O Homem do Canadá gostaria de antecipar a todos que não está se referindo aos bons motoqueiros que, além de usarem capacete, também se prepararam devidamente para tirarem suas habilitações e, por isso, respeitam as leis de trânsito e não saem por aí fazendo em público o que fazem na privada.
Refiro-me àqueles péla-sacos que pilotam suas motos como se estivessem andando de bicicleta, distribuindo fechadas a torto e a direito, subindo em calçadas, costurando sem qualquer critério nos engarrafamentos, quebrando retrovisores alheios, enfim: fazendo todo o tipo de molecagem sem pesar as conseqüências.
Brinquedo na mão de criança é fogo! Setas? Não sabem o que é isso. Placas de trânsito? Não conhecem nem as próprias placas bacterianas, vão conhecer as de trânsito? Faixa de pedestre? Sabem o que é isso não, só sabem do amigo que é faixa preta em Judô. E tudo isso por uma simples razão: nunca estudaram o código de trânsito, “aprenderam” a andar de moto com amigos e, pra piorar, possuem um ego maior do que suas CFM (Capacidade De Fazer Merda).
Parte da culpa recai sobre o capitalismo selvagem de sempre. Afinal de contas, é muito fácil comprar uma moto no Brasil, porém é muito difícil pilotá-la com segurança, resguardando a própria vida e respeitando os limites impostos pelo trânsito. Mais difícil ainda é encontrar um motoqueiro que não seja cabeçudo num país onde o trânsito, na maioria das vezes, é regido pelo código da desordem.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ou será que não? O Blog Mais Promíscuo Da Internet!



Bem-vindos ao blog mais promíscuo da internet! Porém, trata-se de uma promiscuidade boa: nosso objetivo é oferecer aos amigos e visitantes uma boa variedade de temas, sempre buscando fazer uso do bom humor, da objetividade - mas sem esquecer assuntos relevantes a todos, abordados em separado na Seção "Agora, Falando Sério".
O Homem Do Canadá lembra a todos que temos o Almoxarifado do Blog, nosso atalho para postagens mais antigas e não menos interessantes. Aproveite esse espaço para comentar, aprender, opinar e até se divertir. Sinta-se sempre bem-vindo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Seção TV Pra Ti Ver: Desafiando o Alasca



Pra quem tem a sorte de possuir uma boa tv por assinatura à sua disposição, boas opções não faltam. É o caso do History Channel, que apresenta todas as segundas-feiras o interessante "Desafiando o Alasca", programa que mostra as dificuldades e obstáculos à sobrevivência no maior e mais inóspito estado dos E.E.U.U.
Apresentado por Geo Beach (foto), americado que vive no Alasca há 25 anos, cada episódio apresenta os diferentes aspectos naturais do gigantesco território da América setentrional e como estes são superados pelos resistentes habitantes do lugar: de policiais enfrentando o frio rigoroso atrás de criminosos, passando por garimpeiros audaciosos e as dificuldades enfrentadas na busca por ouro, até as inacreditáveis redes rodoviária e ferroviária construídas a duras penas no extremo ártico. "Desafiando o Alasca" é uma fonte de informações e aprendizado bastante interessante tanto para que vive distante das paisagens apresentadas quanto para pessoas que moram em regiões semelhantes.
Para o assinante descuidado, "Desafiando o Alasca" pode passar despercebido diante das boas opções apresentadas pelo History Channel - até porque o programa encontra-se em fase de reapresentação da temporada, não recebendo muita divulgação nos intervalos do canal. Por isso, fica a dica do Homem do Canadá: se tiver oportunidade, não deixe de aprender com a série de Geo Beach. Longe de ser enfadonho, "Desafiando o Alasca" vale como entretenimento e boa fonte de aprendizado. Talvez você resolva morar lá um dia e se tornar o Homem (ou a Mulher) do Alasca!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Fantástico Mundo Das Loiras (ou Peculiaridades Oxigenadas)!



O Homem Do Canadá apresenta agora uma série de perguntas e respostas que buscam explicar o fenômeno humano Loira - resta saber se os exemplares da espécie em questão conseguirão entender!
* Como um neurônio de uma loira morre?
R: Sozinho.
* Por que Deus deu às loiras 1% a mais de cérebro do que aos cavalos?
R: Porque Ele não queria que elas defecassem nas ruas durante os desfiles.
* O que uma loira faz para matar um peixe?
R: Ela tenta afogá-lo.
* O que você pode fazer para divertir uma loira durante horas?
R: Escreve: "Vire, por favor" nos dois lados de uma folha de papel e entrega para ela.
* Por que as loiras não trabalham nos elevadores?
R: Elas não sabem direito o caminho.
* Qual a diferença entre as loiras e as tábuas de passar roupas?
R: É difícil abrir as pernas das tábuas de passar roupas.
* Qual a diferença entre uma loira e um armário pequeno?
R: Apenas um homem consegue entrar no armário ao mesmo tempo.
* Qual a diferença entre a loira e um telefone público?
R: Você precisa de um cartão para usar o telefone.
* Qual a diferença entre uma loira e um trampolim?
R: Você tira os sapatos antes de usar um trampolim.
* Qual a diferença entre uma loira e um Ford Gálaxie todo original?
R: Não é fácil ter um Ford Gálaxie todo original.
* O que você pode fazer se quiser afogar uma loira?
R: Coloca um espelho no fundo de uma piscina.
* Como você sabe que a loira atingiu o orgasmo?
R: Ela diz: "Próximo"!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Campeonato Brasileiro 2009: Fenômeno Mesmo é a Disputa Que Está Acontecendo Em Ambas As Pontas...



A imprensa especializada não se cansa de dizer que o Campeonato Brasileiro de 2009 está sendo o mais disputado dos últimos tempos. E é verdade: após anos de marmelenta cartolagem, finalmente um torneio emocionante em todas as suas partes.
Na ponta de cima, 4 times têm chances de levar o título de novo campeão brasileiro, sem que nenhum deles goze da condição de líder isolado - o que torna a disputa ainda mais acirrada. À frente de todos está o Flamengo que parece querer repetir a campanha de 1992: mediana do início a meados, deslanchando do meio para o fim, o levou o time à conquista do título daquele ano.
Na ponta de baixo, 4 times correm desesperadamente da temida zona do rebaixamento, sem que também entre eles, não haja um favorito. O destaque fica para o Fluminense, time que a apenas algumas rodadas parecia fadado à segundona, mas que, após incrível recuperação que contrariou todas as expectativas matemáticas, só precisa de um empate para garantir-se entre as estrelas do futebol brasileiro em 2010.
É pena, mas o Campeonato Brasileiro mais eletrizante dos últimos tempos está prestes a terminar. Assim como todos, O Homem Do Canadá não tem idéia de quem vencerá, de qual será o time campeão. Porém de uma coisa todos têm certeza: vai levar muito tempo até que outro Campeonato Brasileiro emocionante de ponta a ponta como o deste ano volte a acontecer.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Seção Cult: Every Which Way But Loose



Em termos de ver um filme e acompanhar com a devida atenção o desenrolar da película, nada como ir ao cinema e sentar-se diante daquela enorme tela, se possível saboreando uma pipoca em boa companhia. Apesar do comodismo proporcionado pelo vídeo-cassete e, depois, pelo DVD, o prazer de assistir uma produção cinematográfica de qualidade não diminui na mesma proporção da tela diante de nós.
É o que acontece ao assistir "Every Which Way But Loose" (no Brasil, "Doido Para Brigar, Louco Para Amar"), filme produzido em 1978 e que traz Clint Eastwood e sua então esposa, Sondra Locke, como protagonistas. Rodado nas belas paisagens da Califórnia e do Meio-Oeste norte-americano, "Every Which Way But Loose" é diversão garantida não apenas pelas brigas de ruas de Filobido, personagem de Eastwood, mas também pelas trapalhadas dos motoqueiros nada rebeldes da gangue dos Viúvas Negras, pela valentia da oitentona Mãe(Ruth Gordon, de "Ensina-me a Viver") e, claro, pelos embaraços causados por Clyde, o orangutando que rouba muitas das cenas do filme.
Na época de seu lançamento o filme surpreendeu nas bilheterias, o que levou a Warnner a rodar, em 1979, uma continuação ("Any Which Way You Can", no Brasil, "Punhos de Aço"), tão bem-sucedido quanto o antecessor. Destaque ainda para a trilha sonora do filme que contou com figurões da country music como Eddie Rabbit, Charlie Rich, Steve Dorff, além da própria Sondra Locke em algumas canções.
Diversão garantida do tipo "bons tempos que não voltam mais", "Every Which Way But Loose" vale, com lucro, uma ida até a locadora.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Agora, Falando Sério: O Datena Come a Pizza e Todos Engolem o Sapo!



O brasileiro está cansado. Cansado de trabalhar tanto para dar conta de tantos impostos, tentando sobreviver com o mínimo de dignidade. Cansado de tanta impunidade, fruto de uma justiça que enxerga tão bem quanto a mais esplendorosa das águias, pois é capaz de ser impiedosa para com os mais pobres e extremamente condescendente para com os mais abastados. O brasileiro há muito já se cansou da piada sem graça que é a vida pública da maioria de seus “representantes”. Cansou-se da mentira, da demagogia, dos juros autos do dia a dia, cansou-se de viver a melancolia de um futuro que não chega, que não se vislumbra, que não sai da utopia.
E agora esse cansado brasileiro assiste mais um episódio do show de horrores protagonizado pelo legislativo nacional. Dessa vez é o DEM (Deu Em Merda, segundo o José Simão, da rádio Bandnews), com algumas de suas lideranças envolvidas em outro mensalão, protagonizando cenas patéticas de importâncias malocadas nas cuecas, meias, roupas furtivas e bolsos que parecem não ter fundo. Como pessoas de índole tão bizarra ainda conseguem chegar ao poder? É desinformação do povo ou patrocínio generoso de informações enfeitadas durante as campanhas eleitorais, capaz de ornamentar até o mais asqueroso dos homens, transformando-o num enfeitado pavão – acrescido de ares de inocência e sinceridade? Como essas pessoas conseguem encarar os próprios filhos? Que ética ensina a eles? Que legado tais políticos deixam para seus netos, bisnetos – para a própria História?
O jornalista José Luiz Datena sempre come pizzas para “homenagear” episódios como esse que, para O Homem Do Canadá, terá resultado previsível: a opinião pública pressiona, algumas lideranças se mexem, cabeças menores rolam enquanto as maiores renunciam para que não percam seus direitos políticos e possam voltar às mamatas proporcionadas pelo poder com a maior brevidade. E aí, bem, aí a pizza que Datena prova se materializa em mais um daqueles episódios que fazem do brasileiro não mais um povo cansado diante de tanta podridão - mas sim, exausto.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Das Particularidades Do Casamento...



Tietes do blog Ou será Que Não, vejo-me forçado a decepcioná-las: O Homem Do Canadá é casado - e não o é pela primeira vez. Isso me confere bagagem suficiente para tocar neste tema tão delicado e de tantas variantes: o casamento. Independente do tipo de casamento - se hétero, se hOmo, se Ace ou se Minerva -, não é fácil levar uma vida a dois, a três ou escancarando de vez. São muitos interesses em conflito, desejos secretos, frustrações a serem superadas e contas pra pagar. Por um motivo ou outro, muitos casamentos acabam como aqueles pentelhos no chão do banheiro: vão pro ralo.
Apesar de todas as mazelas advindas do fim de uma relação, é preciso que os ex-cônjujes saibam que, de certa forma, isso pode ser encarado como coisa natural. Para O Homem Do Canadá, na vida temos que nos casar 3 vezes:
1ª Vez: Casamos para fazer sexo
No fervor de nossas juventudes e anciosos por usarmos de maneira mais segura os "brinquedinhos" que a natureza nos deu, devemos nos casar pra fazer amor mesmo: seja no quarto, na cozinha, na sala, na garagem e até no banheiro, não importa, desde que estejamos com nossos cérebros inundados de dopamina!
2ª Vez: Casamos para ter filhos
Se não dermos a mancada de gerar filhos no primeiro casamento com tamanha fudelânça, então devemos fazê-lo na segunda vez. Isso porque estaremos mais velhos, mais maduros e com maior capacidade de pagar as contas!
3ª Vez: Casamos para ter compania
Uma vez envelhecidos e com os filhos criados, chegamos a um ponto de nossas vidas em que só casamos para ter alguém com quem dividir as pantufas. Isso pode ocorrer após uma longa separação ou após uma eventual viuvez. Não teremos então aquele ardor juvenil, com a saúde indo mal, obrigado e nossos filhos terão mais o que fazer e, por isso, não terão tempo para se preocuparem conosco.
Mas se o prezado visitante deste blog é um adepto irrevogável da solteirice, não se preocupe: basta fazer muito amor na juventude - com segurança e sem se casar; dar a maior atenção do mundo aos sobrinhos quando chegar a meia-idade e só se casar na velhice. Pode ser que você não tenha seus próprios filhos, mas em parte há uma vantagem: também terá um número muito menor de contas para pagar!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Seção TV Pra Ti Ver: As Novas Chacretes



Quem tem mais de trinta anos certamente teve a oportunidade de ver as belas e inesquecíveis chacretes em ação - se for homem, é bem provável que tenha passado bons momentos em "ação" no banheiro, principalmente após assistir ao "Cassino Do Chacrinha" ou a "Discoteca do Chacrinha". As beldades se exibiam sem cerimônia numa época de grande repressão e implacável censura, garantindo alguns pontos extras na audiência do programa de Abelardo Barbosa.
Hoje os tempos são outros, a censura foi vetada e as chacretes se transformaram em senhoras que, com o passar dos anos, deixaram os corpos esculturais nas lembranças e taras do passado. Mas como programa de auditório sem mulher bonita está fadado ao ostracismo, ainda encontramos dançarinas maravilhosas no Domingão do Faustão, mulheres com visual ousado no Programa do Gugu ou mais bem comportadas no Programa Silvio Santos.
Mas o politicamente incorreto e a anarquia geral não desapareceram. O Pânico na TV está aí pra nos descontrair sem muita sutileza, com quadros escrachados e jargões populares que se originam de populares entrevistados casualmente pelos humoristas do programa. E, claro, as belas Panicats, beldades que já garantiram momentos de audiência sólida ao programa. Assim como as chacretes - até mais do que elas, sem o crivo da censura pra decepcionar a galera - elas se exibem e mostram tudo de bom que a natureza lhes concebeu - e mais um pouco, se considerarmos os quadros gravados em praias e nudismo. Mulher Samambaia (atualmente, fora do programa), Tânia Panicat (também fora), Piu Piu, Nicole, Dani e Juliana (foto) são as chacretes do século XXI. Todavia, diferente daquelas deusas do passado, aparentemente sabem da necessidade de vidas sociais mais estávéis, futuros mais planejados, conscientes de que a beleza só dura para sempre nas memórias da televisão.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

As Coisas Esquisitas Do Amor...



Certo é que muita gente confunde amor com paixão. A diferença é manjada: paixão dá e passa, às vezes desaparece tão subitamente quanto apareceu e se transforma em lembrança. Amor dá e fica, não desaparece enquanto nos mantemos vivos e sempre... se transforma, assumindo formatos diferentes ao longo de uma vida em comum com a pessoa amada.
Quando estamos com a pessoa amada... Amor não vem com garantia de reciprocidade. Por vezes ela até acontece. Porém, devido aos percalços da vida, nem sempre podemos ficar ao lado da pessoa amada, seguindo caminhos separados e, freqüentemente, entristecidos.
Fazemos loucuras por conta da paixão. Fazemos o que parecia impossível movidos pelo amor. Aceitamos condições, mudamos nossa forma de pensar, amadurecemos, envelhecemos amamos. É por isso que o amor, pedra fundamental para tantos poetas e sonhadores, mostra-se tão esquisito: não o compreendemos na sua totalidade, não sabemos sua origem com precisão, não conseguimos domá-lo. Mas ele nos transforma enquanto se transforma e nos faz leva a aceitar quão tolas e superficiais foram nossas paixões...

domingo, 29 de novembro de 2009

Seção SEXO É FODA: Acabou A Feira?



O que nos reserva o futuro em termos de nudez, mulheres gostosas e sacanagens? Na década de 80, tivemos a onda dos concursos de "Garota tal e coisa" (Garota Verão, Garota Carioca, Garota Primavera, Garota Garota e até onde a imaginação permitisse); na década de 90, foi a vez das boazudas do Aché (Karla Perez, Scheila Carvalho, Scheila Melo e outras Sheilices). Agora, no limiar desta primeira década do século XXI, testemunhamos a febre das mulheres-frutas.
Já foram muitas, independente da estação: mulher-moranguinho, mulher-maçã, mulher-melão, a conhecida mulher-melancia e até "mulher"-banana, apetitosas frutas para todos os gostos. Cultivadas por um mercado que movimenta milhões - de Reais e de homens à banca e, depois, ao banheiro), a histeria em torno das mulheres-frutas dá os primeiros sinais de esgotamento: novas beldades não têm saído dos pomares da mídia, enquanto as espécies já existentes recebem destaque gradativamente mais parco.
O Homem Do Canadá ainda não sabe se isso é bom ou ruim: bom porque ver as mulheres sendo tratadas como frutas (comestíveis e, portanto, dispensáveis), não é algo que possa ser considerado politicamente correto, por mais saborosas que as mulheres-frutas sejam. Ruim porque, passada essa onda, teremos algo interessante a seguir?
Nos horizontes da sensualidade, a falta de opção e qualidade parece ser evidente, ainda mais quando se tem o azar de dar de cara com Fernanda Young na capa da Playboy: aí parece mesmo o sinal dos tempos, que os Maias estavam certos e o mundo vai acabar em 2012. Fernanda Young é muito inteligente coisa e tal, porém quem gosta de mulher pelada que ver burrão, mamás, pernões e periquitas nas páginas de revistas e telas em geral e não inteligência: se não for assim, que venham novas frutas então...

sábado, 28 de novembro de 2009

Seção VIRABREQUIM: A Complicada Relação Entre As Mulheres E Os Carros!


Podemos considerar deveras complicada a relação entre as mulheres e os carros. De certa forma, elas nunca estão totalmente felizes sem essas máquinas e os automóveis, por sua vez, nunca são plenamente belos sem que elas estejam por perto. O Homem Do Canadá faz essa afirmação baseando-se em três premissas elementares:

I – Mulheres não se mostram muito sensíveis a problemas mecânicos
Quer ver uma mulher desesperada? Basta que seu carro seja forçado a parar no acostamento, com o pisca-alerta enlouquecido e ela completamente desarvoradas, caput aberto sem ter a menor idéia do que fazer. Alguns machistas preferem ignorar, mas existem mulheres que trabalham nesse segmento – e muito bem, por sinal. Porém a grande maioria tem dificuldade até para trocar um pneu. Ficam nervosas, chutam a calota e passam as unhas na pintura. Porém, se alguém no dia a dia do trânsito amassa a lataria de seu possante, pode esperar uma de duas reações: ou será picotado por suas unhas ou a verá chorando, com toda a sensibilidade que caracteriza uma mulher. É puro amor e ódio!

II – Mulheres são mais cuidadosas ao volante do que os homens
Em geral, sim, as mulheres são tão cuidadosas com seus carros quanto o são com suas unhas. Mas não confiem naquelas estatísticas que mostram o número de acidentes entre homens e mulheres: é natural que o número envolvendo homens seja bem superior ao das mulheres pois há muito mais homens dirigindo. Elas dirigem melhor – porém de forma menos arrojada, não custa lembrar – porque em quase tudo as mulheres são mais cuidadosas do que os homens.

III – Mulheres adoram carros e bons carros carecem de boas mulheres
Seja como carona ou motorista, mulheres piscam diante dos carros mais do que suas setas. E se uma casa sem crianças é como um jardim sem flores, ver um automóvel sem uma bela mulher nos causa uma sensação parecida com a de uma criança que, no seu aniversário ganha uma roupa ao invés de um brinquedo: não tem a menor graça!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Retrato Em Branco & Preto: Como Esquecer A Mesbla?


Mais uma nova seção estréia em nosso blog: Retrato Em Branco & Preto - então, seja bem-vindo. Através dela, O Homem Do Canadá pretende resgatar ícones culturais de outros tempos – longínquos ou não – e ainda apresentar algumas informações sobre marcas, personalidades, publicações e produtos que não mais estão disponíveis no mercado ou no cotidiano das pessoas, porém ainda não desapareceram de suas lembranças.
Como destaque de estréia, as lojas Mesbla, que foram à bancarrota em 1999 mas que, durante décadas, foi uma opção de compra em comum para milhões de brasileiros. Na Mesbla, dependendo da loja, você poderia comprar suas roupas ou seu carro, almoçar se houvesse restaurante e ainda levar alguma utilidade para o lar. Está cada vez mais raro, mas ainda é possível encontrar algum automóvel com o adesivo “Mesbla Veículos” colado na traseira ou mesmo alguém usando alguma peça da marca Alternativa.
Atolada em dívidas e diante de sérios problemas com bancos e com a Receita Federal, a Mesbla fechou. Porém o antigo proprietário, Ricardo Mansur, tem planos para reiniciar o negócio – inicialmente com lojas virtuais e, depois, voltando ao mercado varejista. Embora esteja ainda em construção, o site já existe (www.mesbla.com.br) e sua página inicial dá a entender que o público feminino será o alvo principal da Nova Mesbla . Se tudo der certo, esta que já foi uma referência de comércio durante o século XX poderá tornar-se um novo ícone do século XXI.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Seção Cult: 1974 - O Disco Censurado de Roberto Carlos - 3ª Parte



Fechando a análise do LP Roberto Carlos, de 1974, vamos à 3ª e última parte desta Seção Cult, desta vez interpretando as canções que figuravam no lado B do disco.
EU QUERO APENAS
Passando meio despercebida como 1ª música do lado B (estamos falando do Lp lançado na época, 1974), essa é, de longe, a música mais politizada nesse trabalho do Rei. Escondidas por metáforas quase lúdicas estão mensagens de inconformismo e apelo à união por um bem comum.
A começar pelo título: "Eu quero apenas", ou seja, peço pouco, não almejo muita coisa, solicitando o mínimo possível dentro daquilo que é possível querer. "Eu quero apenas cantar meu canto" é um verso que deixa clara a insatisfação de Roberto/Erasmo para com a censura na época, para com a repressão, à falta de liberdade.
"Quero levar o meu canto amigo a qualquer amigo que precisar" sugere a união de todos por um bem comum. "Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar" sugere que, unidos, todos serão mais fortes e assim terão voz ativa frente a qualquer opressão - daí o "poder cantar", pois sozinho não seria possível conseguir muita coisa.
"E no caminho o que eu pescar quero dividir quando lá chegar": novamente uma referência à união de todos que se completa na repetição do verso "quero levar o meu canto amigo" e etc.
“Eu quero crer na paz do futuro", sugere a esperança de dias melhores; "Eu quero ter um quintal sem muro": as pessoas constroem muros por que têm medo do que há do lado de fora; "quero meu filho pisando firme, cantando alto, sorrindo livre" é um verso que deixa bem óbvio o que os compositores queriam dizer.
"Eu quero o amor decidindo a vida", não os homens; "sentir a força da mão amiga", não a que oprime; "o meu irmão com sorriso aberto, se ele chorar quero estar por perto": novamente apelo pela união.
"Cante comigo também meu canto": Roberto/Eramos sugerem que todos alimentem a mesma esperança, um futuro com mais liberdade e fraternidade, coisa que só seria possível mediante a união de todos. "eu só não quero cantar sozinho, eu quero um coro de passarinhos" fecha ludicamente a beleza da união entre as pessoas.

JOGO DE DAMAS
Se "Eu Quero Apenas" é a mais subversiva (usando termo comum na época), "Jogo de Damas" é a mais ousada canção do disco.
A história do sujeito que se apaixona por uma ex-prostituta poderia ser um escândalo em 1974, não fossem as metáforas primorosas de Isolda e Milton Carlos. Aos ouvidos do "cidadão comum", tais versos soariam como só mais uma música. Para ouvidos mais interpretativos, versos como "pra quem te conhece, você é vulgar; pra quem nunca te viu, hoje quer te amar" tornam óbvia a velha história do "teu passado te condena" e "o que os olhos não vêem, o coração não sente". Músicas sobre prostitutas já haviam sido gravadas antes (como "Dolores Sierra", de Wilson Batista), mas não por um recordista de vendas como Roberto Carlos e no auge da ditadura militar e do Departamento de Censura da Polícia Federal.

RESUMO/A DEUSA DA MINHA RUA
"Resumo" é uma canção que, sendo de Roberto/Erasmo, acaba soando diferente. É a última do disco a indica certa insatisfação por parte dos autores. Nesse caso, a letra aborda claramente a falta de perspectivas diante da vida, cuja única forma de alívio pode ser o sentimento de amor. Sua posição no disco a coloca como um tipo de transição entre a temática do LP e canções mais tradicionais à linha do Rei. "Qual folha que vaga, sem rumo e sem vida/ eu sou o consumo de um sol sem calor/ enfim sou resumo do riso e da dor" são versos que mostram a dualidade existente entre essa desesperança e a vontade de sentir-se feliz.
"A Deusa Da Minha Rua" é um possível tapa-buraco para uma das prováveis músicas engavetadas pela censura. Clássico da seresta, noutras condições poderia não ter sido gravada pelo Rei, então no auge de sua juventude e inspiração artística.

A ESTAÇÃO/ EU ME RECORDO
"A Estação" dispensa comentários pois estes seriam complementares – trata-se de uma bela canção e ponto. "Eu Me Recordo" teve como função encerrar o disco de 1974 de forma bastante romântica, talvez para disfarçar pouco mais as muitas metáforas de contestação da política vigente na época presentes em algumas das outras músicas. Tem uma belíssima construção rítmica, uma letra romântica sem o pieguismo de "Você" e, no entanto, quase não se fala desta canção nos espaços destinados à RC na mídia. Particularmente, costumo colocar esta música no mesmo patamar de "Olha" ou "Outra Vez", e não por questão de gosto, mas pelas qualidades inerentes a este trabalho de Roberto.

Assim finalizamos essa Seção Cult. O Homem Do Canadá espera que tenha sido proveitosa de alguma maneira para os visitantes do blog – tanto aqueles que conhecem quanto aqueles que não tiveram oportunidade de contemplar esse momento diferente na discografia de Roberto Carlos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Agora, Falando Sério: Quem Tem Medo De Ahmadinejad?


Por que a presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, causou tanta histeria na imprensa, num pequeno grupo de brasileiros e em comunidades agregadas? O que há neste homem que incomoda tanta gente por conta de uma rotineira visita, cujo principal objetivo é fortalecer os laços comerciais entre Brasil e Irã? Como a presença de um único homem consegue deixar tantos outros se sentindo como crianças que ficaram de castigo?
É realmente crível que o fato de Ahmadinejad negar o holocausto incomode tanto os adeptos da religião judaica? Pois a pergunta óbvia é: e daí? O que é que qualquer um, sendo judeu ou não, tem a ver com isso? Se ele afirmasse que Papai Noel existe e todo o natal desfila com suas renas pelo árido território iraniano, seria apenas sua opinião e não levaria cristãos a exaltarem palavras de ordem contra sua presença. É sensato lembrar que a opinião dos outros não é da conta de ninguém! Qual o problema em Ahmadinejad manifestar a sua?
Para O Homem Do Canadá, a verdadeira ameaça de Mahmoud Ahmadinejad a Israel (e, portanto, aos judeus) não compreende suas palavras, mas sim as ogivas nucleares que o Irã pode vir a produzir e, pior, despejar sobre território israelense.
E o que dizer da impresa que tanto enfatiza o mesmo ponto, possivelmente movida não pela polêmica em torno das afirmações do presidente iraniano, mas sim pela forma como as autoridades daquele país castram e manipulam os meios de comunicação - a seu favor e de acordo com seus interesses. Se falta liberdade àquela imprensa, falta sinceridade a nossa...
Por conta desse jogo flagrante de manipulação da opinião pública lá e aqui, O Homem Do Canadá sugere aos escandalizados e escandalizantes de plantão: ACORDEM! Se realmente existe algum tipo de ameaça na figura de Mahmoud Ahmadinejad, ela não figura em suas palavras, mas sim naquilo que, em alguns anos, o Irã poderá ser capaz de fazer.
Cuidado mesmo tem que ser tomado com o Taleban, uma eminente ameaça ao Paquistão - país que já possui bombas e se comporta de acordo com seus interesses econômicos, camuflados por uma hipocrisia religiosa que não é a verdadeira premissa que embasa a posicionamente de seus políticos. Mahmoud Ahmadinejad no Brasil é só negócio, é só visita: quem estiver incomodado com sua presença pode, simplesmente, colocar uma vassoura atrás da porta.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

MAIS Peculiaridades Masculinas!


Prosseguindo com a lista de bizarrices tão características de nós, homens esquisitos que consideram as mulheres tão difíceis de se entender, O Homem Do Canadá apresenta agora a 2ª parte deste tema, com mais perguntas e respostas a cerca das peculiaridades masculinas.

* Por que os homens, depois de mijar, não abaixam a tampa da privada?
R: Porque já tivemos o trabalho de levantar na nossa vez - cada um que faça sua parte.
* Por que os homens sempre deixam um pentelho na borda da privada?
R: Pra demarcar território.
* Por que os homens não sabem onde fica o ponto G das mulheres?
R: Qual ponto?
* Por que os homens adoram transar por trás?
R: Pra continuar assistindo a TV sem que as mulheres percebam.
* Porque a fantasia dos homens é transar com a melhor amiga de suas mulheres?
R: Isso não é verdade: os homens querem transar é com TODAS as amigas de suas mulheres.
* Por que os homens contraem tanto os músculos da bunda?
R: Pra não peidar enquanto a barriga fica batendo nas nádegas da mulher.
* Por que os homens gostam de ver duas mulheres transando?
R: De repente sobra alguma coisa pr'a gente!
* Por que os homens acreditam quando as mulheres fingem que estão gozando?
R: Na verdade os homens estão agando e andando pra isso! Só o fazem para que as mulheres sintam prazer em nos enganar.
* Por que os homens sentem tanto tesão na irmã caçula de suas mulheres?
R: Porque ela é mais nova, mais gostosa, mais liberal e ainda usa roupa de colegial!
* Por que os homens vivem olhando para outras mulheres na rua?
R: Você acha que só você é gostosa?

sábado, 21 de novembro de 2009

As Coisas Esquisitas Desta Vida...



Certa é a frase que diz: o mundo dá voltas!
Às vezes, situações estranhas acontecem em nossas vidas e nos surpreendemos diante desse ou daquele fato, como se amigos estivessem nos fazendo uma festa de aniversário surpresa. Uma sensação de espanto nos toma por breves momentos e direcionamos nossa gratidão sem ao certo sabermos para quem ou para onde. N'alguns momentos, apenas ficamos estupefatos diante do que acontece, sem sabermos o quanto não seríamos capazes de prever aquilo.
É como quando desviamos o carro por uma rota alternativa, movidos pela intuição de não tomarmos o rumo comum e, depois, ficamos sabendo que tal acidente aconteceu naquela estrada bem na hora em que estaríamos passando se "alguma coisa" não nos tivesse sugerido uma mudança nos planos. Ou então aquela menininha (ou menininho, no caso de o leitor ser uma mulher) que conhecemos na infância, brincamos e nos divertimos na época e depois de uns 20 anos sem qualquer contato, ao acaso, nos reencontramos na vida adulta e mantemos um relacionamento - quem poderia prever? Poderíamos ter imaginado que algo assim aconteceria? Ou ainda quando temos o aviso de que "tal coisa pode acontecer" e nos preparamos de alguma maneira, seja emocional ou financeiramente e, pouco depois, aquela "coisa realmente acontece". Por fim tem aquele sujeito que dorme nas ruas, pede esmolas e mendiga pratos de comida, recebendo eventualmente alguma ajuda graças à comiseração das pessoas - que não sabem de seu passado, do quanto já passou a perna em boas pessoas ao longo de sua vida, do quanto agredia a ex-mulher e as crianças, de como prejudicou vizinhos e parentes para, agora, estar naquela situação, abandonado por seus próprios erros.
Realmente, o mundo dá muitas voltas e o universo pode ou não conspirar a nosso favor, sempre na medida de nosso merecimento. Porém algo é certo: nossa vida é escrita por nossas decisões e se coisas estranhas e surpreendentes vão além dos nossos planos é por que, de vez em quando, alguém ou alguma coisa passou a limpo o nosso rascunho para nos poupar trabalho e sofrimento.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Seção TV Pra Ti Ver: O Mundo Melhor De Jornada Nas Estrelas


Para a estréia da nova seção de nosso blog, que vai abordar temas atinentes à mídia televisiva (como sugere o próprio nome), muitos poderiam ser os focos dessa postagem inaugural por conta das inúmeras possibilidades existentes no universo televisivo.
Não foi tarefa fácil, mas O Homem Do Canadá decidiu começar pela série Jornada Nas Estrelas, clássico produzido nos EUA no final da década de 60 e cultuado no mundo inteiro por incontáveis fans.
Reunindo um elenco estelar - com nomes do calibre do canadense Willian Shatner (meu conterrâneo!), Leonard Nimoy (o eterno Sr. Spock) e DeForest Kelley (o médico da nave), a série mostrava as aventuras da tripulação da nave estelar Enterprise em sua missão de 5 anos de exploração da galáxia, indo "onde nenhum homem jamais esteve". Foram 3 temporadas entre 1966/1968, suficientes para, nas décadas seguintes, encorajar a Paramount Pictures a produzir filmes para o cinema e spin off's para a TV, como "A Nova Geração", "Voyager" e "Enterprise".
Muito da fascinação em torno de Jornada Nas Estrelas se deve à proposta otimista mostrada pela série em relação ao futuro da humanidade. A conquista do espaço é algo trivial diante do nosso aprimoramento enquanto seres humanos, num futuro em que teríamos conseguido superar o preconceito racial, as diferenças religiosas e ideológicas, além dos entraves econômicos das diferentes nações.
Vale a pena assistir Jornada Nas Estrelas, não apenas pelas aventuras, bons atores e pela nostalgia de ver um programa produzido à moda antiga, com poucos recursos e tecnologias, mas para refletirmos sobre a possibilidade de um futuro bem menos problemático do que aquele que aguarda a humanidade se mantivermos nossos padrões atuais de valores e comportamentos: nesse caso, mundo melhor, só mesmo na ficção.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Seção VIRABREQUIM: Os Pequenos Impopulares!


Falta um carro popular no Brasil. E O Homem Do Canadá faz essa afirmação porque não considera o Fiat Uno ou o Ford Ka 1.0 (ambos na casa dos 22, 23 mil Reais) como sendo populares: estão bem longe do poder aquisitivo da maioria dos brasileiros. Afirmamos isso por acreditarmos que um automóvel popular (no sentido preciso da expressão)não deveria ultrapassar a casa dos 12 ou 13 mil Reais. Mas isso, claro, dependeria de subsídios governamentais, incentivos legais e muita, muita boa vontade das montadoras - sempre mais ávidas por vender seus modelos mais caros.
Nesse cenário tão distante de outros tempos que já se tornam nostálgicos, quando não era tão impossível adquirir um Chevette Júnior, um Escort Hobby, uma Fiat 147 e, claro, o clássico Fusca, as montadoras lançam carros pequenos, com motores de potência modesta, de boa postura ecológica devido ao baixo consumo e adequados à lógica urbana quanto ao problema da carência de espaços, especialmente nos estacionamentos.
É o que ocorre nos casos do Fiat 500 e do Mercedes-Benz Smart: pequenos, notáveis, hábeis e belos, rezam bem na cartilha dos tempos modernos em que velocidade, praticidade e economia tornam-se cada vez mais gêneros de primeira necessidade a quem dirige. Mas pecam nos preços estratosféricos que pressageiam vendas modestas e limitadas a um público caprichoso, que bem poderia adquirir confortáveis sedans com valores inferiores em relação a esses pequenos impopulares.
Nessas condições, aquela proposta urbano-ecológica politicamente correta provavelmente não engrena nem no tranco. Muito por isso, O Homem Do Canadá sente falta de um verdadeiro carro popular no Brasil, pois do modo como está, a ditadura dos sedans continuará prevalecendo enquanto não existirem pequenos, de fato, populares.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Seção SEXO É FODA: Adele Fátima ou Adele Ótima?


Um colírio para os olhos de qualquer homem que esteja vendo algumas de nossas pornochanchadas, seja nas telonas ou nas telinhas (mais informações, vide o Almoxarifado do blog, Seção Sexo É Foda sobre o ator Carlo Mossi)! Pele morena bem ao estilo de nosso país tropical, seios fartos e bumbum generoso num tempo em que essa obra-prima só poderia ser concebida pela mãe natureza - e não pelo silicone - formas esculturais e pernas bem torneadas: assim era Adele Fátima (ou melhor, Adele Ótima).
E ainda é, pois tal beleza não pode ser maculada pelos impiedosos anos que já se passaram. Do samba no pé com o saudoso grupo das mulatas do Sargenteli, passando pelos inesquecíveis reclames das Sardinhas 88, pelos filmes das décadas de 70 e 80 e também por produções da Rede Globo, Adele Fátima continua inesquecível para aqueles que puderam contemplar seu talento e sua beleza.
Filha de um alemão com uma brasileira, viveu uma vida de sucessos, glamour, mas também de momentos difíceis, como a perda de uma filha há alguns anos. Certo é o fato de que deixou sua marca na História da TV e do cinema nacionais - mais ainda na memória daqueles que dela não se esquecem e tão pouco cogitam a possibilidade de esquecer.

domingo, 15 de novembro de 2009

Lógica Matemática


Essa encontrei no livro "Piadas, Contos, Causos & Besteirol", do locutor e humorista Paschoal.

1 Homem inteligente + uma mulher inteligente: dá romance;
1 Homem inteligente + uma mulher burra: dá caso;
1 Homem burro + uma mulher inteligente: dá filho;
1 Homem burro + uma mulher burra: dá casamento;
1 Chefe inteligente + 1 peão inteligente: dá lucro;
1 chefe inteligente + 1 peão burro: dá produção;
1 chefe burro + 1 peão inteligente: dá promoção;
1 chefe burro + 1 peão burro: dá hora extra.

sábado, 14 de novembro de 2009

Espanha, 1982: Fenômeno Mesmo Era Aquela Seleção!


Sabe quando dizem que "era pra ter sido, mas não foi", ou "nadou, nadou e morreu na praia"? Essas frases populares podem bem ser aplicadas à Seleção Brasileira de Futebol da Copa da Espanha de 1982. Com craques do calibre de Sócrates, Júnior, Zico e Falcão, o escrete jogava futebol bonito, de qualidade e talvez tenha sido o único com carisma comparável ao da Seleção que conquistou a Copa de 1970, no México.
Comandada por Telê Santana, a Seleção Canarinho fulminou seus adversários nas etapas iniciais do certame - mas parou diante da Itália de Paulo Rossi, vencida não pelo chamado "carrasco" da Esquadra Azurra, mas pelo próprio nervosismo.Parou e parou cedo demais. Após aquela Copa, nenhuma outra equipe brasileira jogou um futebol tão bonito quanto a Seleção Canarinho, tanto vencedoras quanto perdedoras.
Fenômeno mesmo era aquele time, muito superior às equipes enfadonhas dos torneio de 1974 e 1978, muito mais carismática do que os grupos formados de 1986 até hoje. O canarinho vôou, foi abatido e não venceu. Porém dificilmente seu vôo tão belo e seu canto tão harmônico poderão, algum dia, ser copiados por outros pássaros.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Seção Cult: 1974 - O Disco Censurado de Roberto Carlos - 2ª Parte


Dando continuidade às conjecturas a cerca do álbum de Roberto Carlos lançado em 1974, O Homem Do Canadá apresenta neste post possíveis interpretações de mais algumas das letras contidas neste inquietante clássico do artista.
O PORTÃO
Essa trata do retorno de alguém que, por uma razão não esclarecida ao longo da letra, volta ao lar após longa ausência. Parece ser uma continuação de "Despedida". Li algo sobre a possibilidade de a letra abordar a volta de alguém que precisou ausentar-se do país durante o período de perseguições políticas da Ditadura Militar. Mas a letra, como falei, não torna isso claro - pode estar apenas subentendido. Há ainda a interpretação "bola de cristal": Roberto e Erasmo teriam feito a canção em homenagem àqueles que deixaram forçadamente o país nessa época, uma espécie de "hino de esperança pelo regresso em tempos melhores". Particularmente, O Homem Do Canadá prefere entender a música como continuação de "Despedida".
TERNURA ANTIGA/ VOCÊ
Com duas músicas a menos no repertório planejado para o disco, Roberto e seus produtores precisavam dar um jeito .O Homem Do Canadá não possui fonte segura para comprovar isso - minha suspeita é estritamente pessoal.
Acredito que "Ternura Antiga", de Dolores Duran, seja suspeita em potencial de ter servido como tapa-buraco. A música é linda - Dolores era compositora consagrada - e Roberto deu a ela uma interpretação visceral, cativante. Mas não era comum ao Rei gravar tal estilo musical (era um cantor jovem então, falando a um público jovem), embora ele já houvesse gravado Dorival Caymmi em 1972. Belíssima música, belíssima interpretação, mas que deixa uma pulga atrás da orelha.
No quesito "tapa-buraco", entra também a anêmica "Você". Rica em clichês românticos do tipo que nem Paulo Sérgio usava muito, poderia ter sido composta por um garoto do Ensino Médio: soa piegas demais. Parecia ser aquela música que estava guardada entre os papéis do Rei, aí precisou de alguma coisa e falou: "vamos gravar aquela que a gente não gostou muito, estamos com pressa bicho!" e aí rolou. Num trabalho que congrega pérolas como "É preciso saber viver" ou "O Portão", "Você" nos dá vontade de ouvir a outra "Você", do Tim Maia.
É PRECISO SABER VIVER
A letra da música em si constitui uma mensagem positiva para as pessoas: de que elas são capazes de superar os obstáculos impostos pela vida, desde que estejam preparadas para vencê-los (ou evitá-los). Não há nada demais nisso e a concepção da canção é bem legal. A única postura acintosa está no título: imagine-se em 1974, o país saindo do fiasco do governo Médici, muita gente de oposição aos governos militares da época desaparecendo ou sendo obrigada a viver no exílio. Aí o cabeludo vem e grava uma canção cujo estribilho diz: É PRECISO SABER VIVER...Por que "era preciso saber viver" então? Quem não soubesse viver estaria correndo quais tipos de risco?
De todas as músicas desse álbum clássico, certamente esta é a mais atual (tanto que foi regravada pelos Titans há poucos anos).
Os motivos podem ser outros, mas ainda É PRECISO SABER VIVER.

Na próxima Seção Cult concluiremos a análise deste LP de Roberto Carlos, desta vez abordando as canções correspondentes ao lado B do disco.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"Ou Será Que Não Não?" No Apagão!


O Brasil é um país que pode se orgulhar de possuir uma matriz energética que pouco - ou nada - contribui para o aquecimento global. É uma matriz limpa, com pouquíssimo uso da energia nuclear (cujos dejetos contaminados são sempre uma dor de cabeça para os países que lançam mão em larga escala desta tecnologia) e um uso limitado de usinas termelétricas, muitas delas produzindo energia elétrica a partir do gás natural, menos poluente do que os hidrocarbonetos mais usados pelo segmento.
As usinas hidrelétricas, predominantes nessa matriz, só criam problemas ambientas quando da construção das mesmas - muito pela necessidade de alagar áreas para a criação do lago artificial que movimentará as turbinas. Também a putrefação da matéria orgânica submersa causa problemas durante um bom tempo, pois a evaporação da água do lago leva mais gás carbônico à atmosfera - CO2 este resultante desse processo de apodrecimento, principalmente dos vegetais.
Daí que a maior parte de nossa energia advenha de uma origem menos incoerente nestes tempos de preocupação com questões atinentes ao aquecimento global e ao futuro do planeta.
Então, por que o blackout dos dias 10-11 de novembro?
Para O Homem Do Canadá, o verdadeiro apagão não foi o que aconteceu para 70 milhões de brasileiros - aproximadamente. Foi, em verdade, o apagão de sempre na mentalidade política nacional, que insiste em ignorar as possibilidades de erro e as chances de problemas no setor, mantendo-se inoperante diante de situações de emergência como a que assolou o país esta semana, quando nenhum plano B rápido e eficiente parecia existir. E toma-lhe imposto sobre os brasileiros, toma-lhe promessas sempre mal cumpridas, toma-lhe cobranças do povo nas ocasiões em que o governo se mostra incompetente: quando as coisas se complicam, ficamos na mão - e na escuridão. Foi assim em 1999, foi assim em 2001 (o caso mais esdrúxulo e absurdo, sem dúvida) e foi assim essa semana.
Pela média, é só questão de tempo até o próximo... E nem adiante esperar que "alguma luz" ilumine nossas classes dirigentes: elas, sempre agindo nas sombras, continuam, como sempre, negligentes.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quando Alunos Não São Aprovados Em Ética, a Instituição é Que Leva Nota Zero


Responda rápido: você matricularia seu filho numa instituição de nível superior onde a integridades física de uma discente foi ameaçada por um grande grupo de pessoas que foi às aulas levando seus livros - porém deixando a ética em casa?
Você matricularia ou estimularia seu filho a fazer seu curso superior numa universidade que se dispõe a expulsar a vítima de um quase massacre, sem demonstrar a mesma rapidez energética na punição de seus algozes?
Você ficaria tranquilo em casa sabendo que seu filho frequenta um ambiente educacional cuja ética dos educandos limita-se a perseguir alguém por trajar este ou aquele tipo de roupa, por exibir-se desta ou daquela forma?
Que as políticas públicas educacionais voltadas para o ensino fundamental e médio estão exterminando há tempos a qualidade do ensino e, porque não, dos próprios alunos que concluem essa etapa (muitos deles semi-alfabetizados, beneficiados pela sanha por estatísticas positivas - que se revertem em verbas - por parte da mesma politicanalha de sempre), todo mundo sabe.
Porém, o que se vê no ensino superior mostra-se extremamente preocupante - ainda mais partindo de uma instituição privada, e não pública. Quando alunos chegam à universidade mais preocupados em agredir seu semelhante (criando tumultos para disponibilizar as imagens na internet) do que a aprender o necessário para que possam ser bons profissionais no futuro, então a Educação no Brasil está realmente em cheque. Que tipo de profissionais serão tais elementos? Você poderia confiar neles? Qual seria a ética, os valores morais na vida em sociedade?
É preocupante. Não gostaria de saber, por exemplo, que minha cirurgia de ponte de safena será realizada por um médico (ou médica) que participou de um quase linchamento de uma mulher apenas por não concordar com o tipo de roupa que ela trajava. Não gostaria de saber que meu filho iria se formar numa instituição que endossou essa falta de ética e senso de ridículo ao expulsar a vítima. Talvez eu não quisesse na minha empresa alguém formado por este estabelecimento de ensino, pois poderia tratar-se de alguém cuja disposição poderia estar mais voltada a criar problemas do que a mostrar resultados.
É preocupante - e muito. Além de tudo isso, O Homem Do Canadá concorda com o colunista da rádio Bandnews FM, José Simão, que lançou pelo PGN (Partido da Genitalha Nacional) a campanha "Pela Descriminalização Das Gostosas". E acrescentaria: "Contra a Falta De Ética De Alunos Sem Noção e Instituições Sem Moral". A indecência não estava no vestido: estava, e ainda está, nas pessoas.