terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Retrato Em Branco & Preto: Rock in Rio (1985)



O tempo passa rápido: há 25 anos acontecia a primeira edição do Rock in Rio, mais precisamente entre os dias 11 e 20 de janeiro de 1985. Além colocar o Brasil na rota dos grandes nomes da música internacional - que, até então, raramente se apresentavam em terras tupiniquins -, o evento foi importante por proporcionar pela primeira vez ao público brasileiro a oportunidade de encontrar-se com seus artistas internacionais favoritos.
Infelizmente, O Homem do Canadá - na ocasião, O Adolescente do Canadá - não pôde ir aos shows do Queen e do James Taylor como tanto queria - de certa forma, um evento tão fabuloso era assustador demais para que meus pais o permitissem. Mas assim mesmo acompanhei o desenrolar dos acontecimentos, até porque as pessoas e a própria mídia não comentavam outra coisa...
Muito se fala a cerca das vaias tomadas por algumas das atrações brasileiras que, realmente, estavam fora dos padrões do evento. Falando francamente, o que Ivan Lins, Alceu Valença ou Elba Ramalho tinham para fazer num festival cujo nome começava pela palavra "rock"? Não houvessem os organizadores deixado de fora nomes do nosso rock como Raul Seixas, Legião Urbana (já com 1 LP nas paradas) e Ultraje A Rigor (bombando com seus primeiros sucessos), talvez as vaias tivessem sido bem menores.
Porém a galera do verdadeiro rock nacional que se apresentou mandou bonito, em especial o Barão Vermelho (com Cazuza absoluto no palco), Blitz, Lulu Santos e Paralamas do Sucesso (que depois virou banda de Axé, mas que na época tocava bons rock's). Por parte das atrações internacionais, Queen, James Taylor, AC/DC e Ozzy Osbourne contemplaram seus públicos com shows históricos.
Contando com um estrutura bem planejada (que incluia shoppings, redes de fast food e centros de atendimento médico), nosso "primeiro Woodstock" (em referência a lama que afogou o gramado após dias de chuvas de verão) terminou deixando um gosto de "quero mais, vamos fazer de novo". E era pra ter sido feito, já em 1986, não fossem as politicagens da época que embarreiraram a liberação do terreno. Alguns anos depois, de fato, a segunda edição veio. Mas aí é um outro retrato...

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