Quando se fala em eternidade, geralmente as pessoas associam o termo ao conceito religioso de vida após a morte, seja ao lado de Jesus, seja ao lado de algum outro personagem sagrado. Com O Homem do Canadá não é diferente ou, ao menos, não era...
Cada vez mais o conceito de eternidade pós-finitude da carne vai caindo por terra com o avanço da medicina, da biogenética, da manipulação a nível molecular, enfim, da ciência como um todo. O ser humano avança - com relativa rapidez - para a eternidade em vida, a eternidade da carne, de uma existência sem prazo de validade pré-determinado. Doenças vão sendo vencidas enquanto métodos de rejuvesnecimento a partir de células-tronco estão sendo criados. Conceitos de vida saudável e planeta mais saudável integram-se gradativamente na mente das pessoas.
É claro que acidentes, cataclimos e imprevistos podem, ainda, incorrer contra o ser humano. Porém, a possibilidade de vivermos indefinidamente a partir da reestruturação de nossos corpos por novos recursos médico-científicos, pode tornar-se uma realidade nos próximos 20 ou 30 anos, beneficiando não apenas as novas gerações que surgirão durante esse período de tempo, mas também a geração atual, que poderá recurar vários anos na qualidade de sua saúde, transformando a velhice num conceito defasado, numa impossibilidade.
Nascemos e crescemos com a idéia de que vamos envelhecer e morrer um dia. Talvez por isso a idéia de conquista da eternidade a partir dos avanços da ciência pareça ser apenas mais uma das coisas esquisitas dessa vida. Todavia, mais esquisito ainda será o dia em que tivermos certeza de que a morte também pode morrer...
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