sábado, 31 de dezembro de 2011
Boas Vindas a 2012!
31 de Dezembro de 2011, réveillon se aproximando, virada de ano, um novo ano...
O Homem do Canadá aproveita a oportunidade para fazer um brinde a você que, durante o ano, trabalhou quase todos os dias, estudou quase todas as aulas, caminhou mais passos do que a princípio pretendia caminhar...
Um brinde a você que tornou-se mãe, que tornou-se pai, que tornou-se filho, nascendo para um mundo que sempre, acreditamos, possa se tornar melhor.
Um brinde a você que pagou os impostos nossos de cada dia, as necessárias e até desnecessárias contas, a festa do filho, a viagem do cônjuge, o presente da mãe...
Um brinde a você que viveu cada dia de 2011 com honestidade, com trabalho, não se deixando levar pela falta de ética exemplificada pelos abutres despreparados e imbecis que tomaram conta deste país através de uma pretensa "democracia", na qual ou você vota ou é severamente punido - a verdadeira democracia passa longe da obrigação.
Um brinde a você que superou a perda de uma pessoa amada, de um ente amado, mesmo de um relicário que lhe remetia a boas recordações...
Um brinde a você que viveu sendo você, por viver a vida à sua maneira e não a maneira como desejavam aqueles que não o aceitam como é, apenas por não ser a pessoa que eles gostariam que fosse.
Enfim, O Homem do Canadá brinda a todos os que souberam viver durante o ano de 2011, construindo sonhos, superando desafios, vencendo obstáculos. Aos que não souberam, deixo um conselho no lugar de um brinde: nunca é tarde para aprender a fazê-lo - aproveitem 2012.
Feliz Ano Novo.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Seção VIRABREQUIM: Grandes Mancadas Da Indústria Automobilística Brasileira
De pequenos a grandes negócios, empresas cometem mancadas. Não há nada de extraordinário nisso: assim como as pessoas físicas, também as jurídicas procuram aprender com seus vacilos – ao menos a maioria delas. No entanto, há certas mancadas que são bem difíceis de entender, muitas delas presentes na história da indústria automobilística brasileira. São inúmeros os exemplos de erros cometidos pelas montadoras instaladas no país, uns por decisões ou estratégias mal pensadas, outros associados às trapalhadas governamentais. Essa é apenas uma seleção simples de algumas dessas mancadas.
•Quando a extinta Gurgel precisou de socorro no início da década de 1990, o governo federal negou-se a destinar os recursos necessários para o saneamento financeiro da única montadora 100% nacional. Não fosse a falta de visão política do caso Gurgel, provavelmente teríamos hoje uma montadora brasileira disputando mercados em nível internacional.
•O fim da joint venture Autolatina, associação entre a Ford e a Volkswagen, que terminou no seu melhor momento, quando começava a produzir seus melhores automóveis.
•A partir do encerramento das operações da Autolatina, a Volkswagen tirou de linha o interessante Logus, preferindo substituí-lo pelo Polo Classic importado da Argentina a investir por conta própria em sua continuidade. Por isso, o carro manteve-se em linha por apenas 4 anos, entre 1993 e 1997.
•Mancadas da Volkswagen não eram novidade já naquele tempo: em 1986, a VW tirou o Fusca de linha como forma de estimular as vendas do Gol BX, mais conhecido como Gol Geladeira. O problema é que o Fusca figurava na lista dos mais vendidos e, não satisfeita, a montadora repetiu o erro em 1996, cancelando sua produção pela segunda vez após um breve retorno. Vai entender!
•Há ainda o caso do Karmann Ghia, fabricado na Europa até 1974, mas que, no Brasil, saiu de circulação em 1971 – mais uma vez pelas mãos da VW!
•Porém, os vacilos vão muito além do universo volkswariano. A Chevrolet produziu o Opala de 1968 a 1992, o que fez o modelo adquirir inúmeros fãs e apreciadores. Mesmo assim, o Opala foi substituído pelo Chevrolet Ômega, que nem de longe conseguiu agradar da mesma forma que seu antecessor. Resultado: o Ômega vendeu pouco, deixou de ser produzido no país depois de minguados 6 anos e, desde então, passou a ser importado da Austrália, o que contribuiu para a irrelevância do carro – enquanto isso, o Opala continua mantendo uma legião de adoradores!
•A Fiat é uma colecionadora de mancadas, mas a maior delas tem um nome, no mínimo, irônico: Fiat Tipo. No início dos anos 1990, era um importado ruim que passou a ser produzido no Brasil, tornando-se um nacional ainda pior. Os constantes incêndios em alguns exemplares produzidos, literalmente, queimaram a imagem do carro. Era o “Tipo” de coisa que não poderia ter acontecido!
•E, para fechar com chave de ouro, que tal relembrar a Ásia Motors (ou Kia Motors, dá no mesmo)? A empresa não soube aproveitar o embalo de seu sucesso no início da década de 1990, talvez por temer o futuro de um país com altos e baixos econômicos, e não investiu pesado na produção de Vans. Hoje tenta recuperar o antigo mercado, mas não vem obtendo muito sucesso diante da feroz concorrência de quem soube se instalar no segmento dos veículos com 16 lugares, como a Ford (Transit), a Fiat (Ducato) ou a Renault (Master), cujas Vans são muito superiores às simplórias Topic e Towner. Mas o mundo dos negócios é assim mesmo: deu mole? Perdeu!
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
DesCLASSIFICADOS: As Melhores Ofertas Para Você Perder Dinheiro!
ATENÇÃO: Informações como telefone, nome do vendedor e site de origem foram ocultadas para proteger a identidade do anunciante.
VOLKSWAGEN FUSCA nova R$ 1.700
Carros: VOLKSWAGEN FUSCA, modelo 1977, 1300 cilindradas, com 10.000 quilômetros, Branco, Gasolina. vendo Fusca branco ano 1977 andando, motor 100% tem dois anos para pagar 400 reais mais uma multa de 85 reais lataria boa pintura mais ou menos valor R 1.700 reais. Dispenso curiosos, duros e muquiranas não respondo e-mail. Preço: R$ 1.700
Análise do Blog:
Difícil é saber quem é mais muquirana: se algum curioso ou duro que pode eventualmente ter feito contato com o vendedor somente para encher seu saco ou se o próprio anunciante! Verdade seja dita: esse pobre VW Fusca encontra-se bastante desgastado para custar R$ 2.185,00 – não podemos esquecer o IPVA atrasado e a multa a pagar, que devem ser somados aos R$ 1.700,00. Porém, mesmo sem valores extras, ainda assim o carro não valeria o que está sendo pedido. Essa de motor 100% com 10.000 km rodados num carro com mais de 30 anos de uso não engana nem criança do jardim de infância. Para piorar, cabeçotes para motores VW 1.300 não são fabricados há tempos, restando apenas a opção de retífica que, por sinal, não pode ser feita de maneira ilimitada. Não há dúvidas de que o Fusca ainda é um automóvel que desperta paixões. Mas, no caso deste VW 1977, nem amor pra vida inteira com tesão à flor da pele faz o investimento valer a pena!
Conclusão do Blog:
Em relação ao carro, temos uma soma em que a conta não fecha, uma verdadeira dízima periódica na qual o coeficiente obtido só pode ser um: serve como uma ótima opção a ser indicada para os meus inimigos!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Um Centavo Por Seus Pensamentos...
Por Jarbas Passarinho, ex-Governador Do Pará:
"A corrupção nasceu com Adão, implementou-se com Eva e só termina quando o último homem sair da face da Terra."
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Agora, Falando Sério: Paraenses, Graças a Deus!
Que me perdoem os habitantes de Santarém e adjacências, mas o fato é que o desejo da maioria prevaleceu e o Pará continuará sendo... o Pará! O negócio agora é “parar” com as picuinhas e deixar de olhar tão somente o próprio umbigo, dando cabo dos interesses mesquinhos que resultaram no plebiscito do último dia 11 de dezembro, o qual decidiu pela manutenção das fronteiras atuais do estado. Não se tratou apenas da vontade de uma maioria inerente ao contexto paraense, mas certamente o que esperava a maior parte da população do Brasil.
Tal afirmação não se consolida no anseio por prejuízos aos que vivem em Tapajós e Carajás: cada um busca aquilo que pensa ser o melhor para si, independente de opiniões alheias. Tal afirmação parte da premissa de que um Pará inteiriço parece ser o mais ideal para o país. Afinal, caso o SIM se saísse vitorioso, teríamos de bancar dois novos governadores, duas novas assembléias legislativas, um número absurdo de apadrinhados e escroques políticos de toda a sorte que, em geral, não se preocupam em conquistar benefícios para o povo, preferindo tirar vantagens de mamatas e esquemas fraudulentos como caminho mais fácil para o bem-estar de seus próprios bolsos.
Por toda essa economia que o retumbante NÃO representa: paraenses, graças a Deus! Já temos estados e políticos corruptos demais neste país e, por isso, não precisamos de outras duas unidades da federação como estímulo à proliferação de tais criaturas. Como já afirmamos antes em “Agora, Falando Sério”, o ideal seria ter menos estados a partir de uma polarização das unidades menores pelas maiores, como a união do Amapá ao Pará, de Sergipe e Alagoas à Bahia ou de Rondônia ao Mato Grosso, por exemplo. Por hora, o contribuinte brasileiro só tem a agradecer aos eleitores do Pará, tanto pela bofetada dada na cara de grupos e oligarquias locais interessadas na divisão do estado quanto pela economia que a permanência de um Pará unificado representa.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
As Difíceis Escolhas Da Vida: Pérolas do Pensamento Humano!
Esquisitices são relativamente comuns no reino animal, mas são ainda mais freqüentes entre os seres humanos! Pensando nisso, o Homem do Canadá preparou mais uma debochada seleção, desta vez reunindo as maiores pérolas do pensamento humano. O estimado visitante tem agora a oportunidade de apreciá-las e, se quiser, escolher aquela que mais encontra por aí, neste mundo louco e esquisito de meu Deus!
•O importante não é ganhar: o importante é competir sem perder ou empatar;
•Há um mundo bem melhor – o problema é que ele custa caro;
•Se você está em busca de uma mão disposta a lhe ajudar, então a encontrará no final do seu braço;
•Se você é capaz de sorrir quando tudo deu errado, então já descobriu de quem é a culpa;
•A melhor maneira de não se sentir horrível pela manhã é acordar ao meio-dia;
•Se você acha que não conseguiu tudo o que queria, lembre-se: é melhor qualquer coisa do que coisa nenhuma;
•Quando os pais resolvem deixar de ser quadrados é porque a filha já ficou redonda;
•Até um idiota pode se passar por inteligente se não abrir a boca;
•As leis são como as salsichas: melhor não ver como são feitas;
•Se emperrar, force, mas se quebrar é porque estava bichado e precisava trocar mesmo;
•A verdadeira felicidade pode ser encontrada nas pequenas coisas:
– Um pequeno jatinho;
– Um pequeno Lamborghini;
– Uma pequena mansão;
– Uma pequena fortuna.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Feliz Natal!!!
São os votos do Homem do Canadá a todos os seguidores, amigos e visitantes do blog. Que seja este um Natal de encontros e reencontros com nossos entes queridos, com nossos melhores sentimentos, regados não somente a mesas fartas e outras formas de comemoração, mas principalmente embasado na paz necessária ao coração de cada um de nós.
Quanto ao inconfundível Papai Noel, convenhamos: faz tempo que o bom velhinho é quem realmente merece um presente! Depois da longa maratona em seu trenó saltando de uma chaminé para outra, nada melhor do que dar a Noel um motivo a mais para ser feliz, tornando sua noite ainda mais especial!
Um ótimo Natal para todos. Boas festas.
sábado, 24 de dezembro de 2011
As Coisas Esquisitas Desta Vida: “A Floresta”
Não há que se ter medo da floresta: basta que a deixemos onde está, sem romper o seu silêncio, nem macular seus encantos. Os perigos que esconde tão somente a ela pertencem e não há convite incauto para estranhos não bem-vindos. A floresta em si se basta e não pretende convidados: estar só é a companhia que pra selva é salutar.
A floresta é a vizinhança, seus amigos, seus parentes. A floresta é toda a gente que se abriga em teto próprio: ficar longe da floresta é boa idéia e nada custa. Envolver-se em tais dilemas é criar novos problemas que tão pouco precisamos. Se há convite então nos vamos desde que esse auxílio seja necessário à floresta. Quanto ao resto, pouco resta: bom juízo é viver sempre em razão da própria selva.
Não há que se ter medo da floresta, desde que não interfiramos nas delicadas nuances de seu ecossistema. Há quem tema essa floresta, mas nos basta a precaução, pois com a vegetação olhando apenas por seu nicho, haverá regozijo e boa paz e entre as florestas – o que é bom para o planeta que há de respirar melhor...
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Seção Check-in: Turismo Na Albânia
Na Península dos Bálcãs concentram-se algumas das mais belas e variadas paisagens naturais da Europa. A região também foi berço de acontecimentos históricos relevantes envolvendo grandes civilizações e líderes que surgiram e impuseram suas culturas e poder. Com a pequena e enigmática Albânia, não poderia ser diferente. Possuindo uma superfície de 28.748 km² e uma população de 3.000.000 habitantes, a Albânia tornou-se independente em 1912. Durante décadas, adotou o socialismo como sistema socioeconômico, transformando-se numa democracia multipartidária na década de 1990, após o melodramático esfacelamento da extinta União Soviética.
Mesmo sendo considerado um país atrasado em comparação ao padrão de desenvolvimento de grande parte das nações européias, a Albânia tem sustentado um relativo crescimento econômico nos últimos anos, tornando-se cada vez mais atraente para investidores e turistas que desejam enveredar por plagas albanesas, tanto por suas belezas naturais quanto por seu patrimônio histórico. Além do clima agradável que se alterna entre o mediterrâneo e o temperado ameno, a Albânia possui um perfil geomorfológico generoso e variado, desde montanhas, planaltos e colinas às planícies costeiras que flertam com o Mar Adriático. O visitante ainda poderá deslumbrar-se com as ruínas de Apolônia, cidade que abrigou uma conceituada escola de filosofia na Antiguidade e que também foi um importante centro cultural e comercial do Império Romano. Outro programa que não pode fugir a qualquer roteiro é conhecer o Museu Skenderbeg que, com sua majestosa arquitetura, destaca-se na paisagem da cidade de Kruja, palco de inúmeras batalhas ao longo da história.
Imprescindível também é visitar Tirana, capital do país, onde não faltam requintadas opções de hospedagem, como o Sheraton Tirana Hotel, o City Hotel Tirana e o glamouroso Hotel New York. Experiências gastronômicas podem ser saboreadas em restaurantes como o Restorant Mamma Rosa, o Sky Club Panoramic Bar, entre tantos outros. Para os aficionados por gêneros locais, uma boa dica é provar a Bosa (ou Boza), bebida tradicional da Albânia feita à base de farinha de trigo, farinha de milho, açúcar e água. Para saber mais sobre turismo neste belo país balcânico, visite:
www.albaniantourism.com
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Seção TV Pra Ti Ver: “Kojak”
Telly Savalas era um consagrado ator de cinema quando foi convidado para dar vida ao vigoroso detetive Theo Kojak. Transmitida pela rede norte-americana CBS entre outubro de 1973 e março de 1978, “Kojak” tornou-se um estrondoso sucesso que contabilizou 125 episódios ao longo de 5 temporadas. Chegou a ganhar uma nova versão na ABC em 1989, porém sem o mesmo êxito durante sua única temporada. Foram realizados dois telefilmes (“O Arquivo Bielorússia”, de 1985 e “O Preço Da Justiça”, de 1987) e, em 2005, a série foi novamente relançada por um canal a cabo, desta vez com Ving Rhames no papel título.
Contando em seu elenco principal com Kevin Dobson (como Bobby Crocker), Dan Frasier (no papel do capitão Frank McNeil), Vinci Conti (Rizzo), Mark Russel (Saperstein) e George Savalas (irmão de Telly, interpretando o detetive Demóstenes Stavros), “Kojak” mostrava a difícil rotina dos homens do 13º Distrito na Zona Sul de Manhathan. Comandados por Theo Kojak, um tenente durão completamente careca e com a estranha mania de chupar pirulitos, a equipe de investigação enfrentava assassinos, sequestradores e todos os tipos de perigos atinentes ao trabalho policial nas grandes cidades.
Ganhadora do Globo de Ouro de melhor série dramática de 1975, “Kojak” foi transmitida na época pela Rede Globo, com grande sucesso. Voltou às telinhas brasileiras na década de 1990 pelo canal pago Multishow e, mais recentemente, pelo TCM. Embora não seja exibida atualmente no Brasil, é possível adquirir ao menos a 1ª temporada da série, que possui lançamento oficial num box com 6 DVD’s. Menos mal se comparada a outras séries da época que, até hoje, esperam por um lançamento.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Seção Cult: “Ação Entre Amigos” (1998)
Ora exacerbados por retóricas inócuas, ora conceituais ou subjetivos em demasia, os filmes nacionais costumam não agradar ao grande público. E não se pode delegar culpa à ausência de qualidade técnica, já que profissionais de elevado gabarito não estão em falta nas principais produtoras tupiniquins. O problema é que, excetuando-se películas de forte apelo popular, boa parte das plateias brasileiras não se mostra muito disposta a acompanhar discussões filosóficas ou utopias políticas inerentes a alguns de nossos filmes, que acabam saltando dos estúdios direto para as prateleiras de DVD's ou para o limbo das grades de programação de alguns canais de TV por assinatura.
Se o prezado visitante é do tipo que dispensa ideologias baratas e não abre mão de uma história de tirar o fôlego, então o filme “Ação Entre Amigos” foi feito para você. Produzido em 1998 e dirigido por Beto Brant, o longa tem em seu elenco principal Leonardo Villar, Zécarlos Machado, Cacá Amaral, Carlos Meceni, Genésio de Barros e Melina Athis. De maneira contundente, mostra o drama vivido por quatro amigos que, no passado, tiveram grande participação em grupos de guerrilha urbana na luta contra o Regime Militar que governava o Brasil no início da década de 1970. Mais de 30 anos depois os quatro se reencontram para, juntos, se vingarem do homem que, durante aquele período, os torturou implacavelmente. O problema é que nem todos concordam com a ideia de vingança, preferindo deixar o passado para trás – o que resulta num conflito de interesses e segredos, capaz de prejudicar a antiga relação de amizade entre eles..
Tenso, ágil e objetivo, “Ação Entre Amigos” não é o tipo de filme para ser visto com a vovó acomodada na poltrona da sala – dependendo, é claro, do que a vovó aprontou há três ou quatro décadas atrás. Destaque para as atuações magistrais de Leonardo Villar e Zécarlos Machado. “Ação Entre Amigos” merece todos as reverências e, por isso, não pode faltar em qualquer boa coleção. Indubitavelmente, figura entre os melhores filmes brasileiros produzidos no final da década de 1990.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
In Memorian: Aos Que Se Foram e Que Nunca Deveriam Ter Partido...
No último dia 17 de dezembro morreu Sérgio Britto, possivelmente o mais consagrado ator, diretor e roteirista do teatro, do cinema e da televisão no Brasil.
Ficou Victor Fasano, um rostinho já não tão bonito e nem muito presente na TV brasileira e que, até hoje, pensa ser ator.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Retrato Em Branco & Preto: Como Esquecer o Jornal Dos Sports?
Não precisa ter uma idade muito avançada para saber que a seção Retrato Em Branco & Preto desta semana bem poderia se chamar “Retrato Em Rosa & Preto”: afinal, estamos falando do Jornal Dos Sports, periódico carioca que, até bem pouco tempo atrás, ainda estava em circulação. Fundado em 13 de março de 1931 pelo jornalista Argemiro Bulcão e voltado para o segmento esportivo nas suas mais diversas vertentes, inicialmente chegava às bancas na versão padrão em preto e branco – mudando para as marcantes páginas cor-de-rosa em 1936, inspiração advinda do jornal francês L'Auto.
Também em 1936 o Jornal dos Sports foi comprado por Mário Filho, cuja administração caracterizou-se pelas diversas inovações, incluindo uma maior participação em campanhas relacionadas ao esporte, como a construção do estádio do Maracanã – que hoje leva seu nome. Mário Filho ficou à frente da publicação até sua morte, em 1966. Célia Rodrigues, viúva do jornalista, tornou-se responsável pelo periódico até seu suicídio, em 1967, quando o Jornal dos Sports passou a ser administrado por Mário Júlio Rodrigues, herdeiro de Mário Filho. Sob sua gestão, o periódico passou novamente por ousadas mudanças, como o lançamento do caderno cultural O Sol e a colaboração de jornalistas do quilate de Zuenir Ventura e Ricardo Jardim – além dos consagrados cartunistas Ziraldo, Jaguar e Henfil e do compositor Torquato Neto.
Com a morte de Mário Júlio Filho em 1972, vítima de complicações relacionadas ao alcoolismo, o Jornal dos Sports foi herdado por sua segunda esposa, Cacilda Fernandes de Souza, que rompeu totalmente com a linha estabelecida pelo falecido marido – o que afastou os antigos colaboradores. As consequentes perdas financeiras levaram Cacilda a vender o jornal em 1980 para a poderosa família Velloso, que o salvou da bancarrota e se manteve à frente de sua gestão até 1999, quando foi vendido para o empresário Omar Resende Filho. Nos anos seguintes, o Jornal dos Sports passou por um tipo de “propriedade flutuante”, incluindo nomes que foram apontados nas investigações da Operação Sanguessuga, realizada pela Polícia Federal em 2004. Entre idas e vindas de diferentes donos, o Jornal dos Sports encerrou definitivamente suas atividades em 10 de abril de 2010. Publica-se agora no imaginário popular e nas lembranças dos cariocas que, durante quase 80 anos, acompanharam as conquistas de seus ídolos esportivos nas inesquecíveis páginas rosadas da publicação.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Seção Ácaro: Máquina De Lavar Roupa Bendix
Houve um tempo em que nem toda a lavadora de roupas era uma Brastemp: bem poderia ser uma Bendix! Populares entre as donas de casa da época, que as consideravam pau para toda obra, as máquinas Bendix estiveram disponíveis no mercado brasileiro entre as décadas de 1960 e 1970, quando a empresa teve forte atuação por aqui.
Fundada nos Estados Unidos em 1924, a Bendix adotou uma política de “empresa faz-tudo”, que garantiu sua sobrevivência durante quase 60 anos. Porém, em 1983, a Bendix foi adquirida por outras corporações num verdadeiro processo de rateio de suas ações. Mas isso não significou o seu fim já que, atualmente, a marca pertence à Honeywell Corp., uma multinacional especializada no setor aeroespacial, mas que também atua nos segmentos de refrigeração, aquecimento, esportivo e até na produção de medicamentos. A Bendix iniciou suas operações no Brasil em 1967 e hoje figura no setor automobilístico produzindo fluido de freios, motores de arranque, pastilhas e sapatas de freio de alto desempenho.
Outro destaque do anúncio – que circulou em diferentes jornais no final da década de 1960 – é a rede de lojas Par. Especializadas em eletrodomésticos e miudezas para o lar em geral, as lojas Par possuíam diversas unidades espalhadas por bairros do Rio de Janeiro como Tijuca, Penha e Copacabana. Tanto as lojas Par quanto as lavadoras Bendix há décadas não existem mais, porém estão agora registradas na Seção Ácaro desta semana.
Site da Bendix: www.bendix.com.br
sábado, 17 de dezembro de 2011
DesCLASSIFICADOS: As Melhores Ofertas Para Você Perder Dinheiro!
ATENÇÃO: Informações como telefone, nome do vendedor e site de origem foram ocultadas para proteger a identidade do anunciante.
FIAT UNO 2 portas R$ 900
Carros: FIAT UNO, modelo 1985, 1000 cilindradas, com 111.111 quilômetros, Vermelho, Álcool. uno 85, tem dok,sem multas e sem recibo, pagar os dois ultimos anos, carro foi desmontado para reforma a qual não foi terminada,não esta funcionando pois foi tudo desligado 900 reais ou troco por carro andando , notebook ou moto do mesmo ou menor valor ligar somente interessados. Preço: R$ 900
Análise do Blog:
O melhor neste anúncio é que o vendedor é tão cara-de-pau que se propõe a trocar seu Fiat Uno parado, desmontado, sem recibo e que não funciona por outro carro que esteja... andando! Legal também é ver como se preocupou em ressaltar o fato de o carro não ter multas: naturalmente, pois se não funciona, não roda e se não roda, não é multado! Como se não bastasse, o anunciante afirma que o automóvel tem documentos – mas não tem recibo! Convenhamos: assim fica um pouco difícil! E a maior isca para fisgar um incauto comprador está no preço: R$900,00 parece bem convidativo, ainda que se trate de um carro fabricado em 1985. Porém, considerando o estado geral dessa velha Uno e a situação de seus documentos, o melhor a fazer é deixá-la mesmo desmontada!
Conclusão do Blog:
Considerando que o anunciante pediu a gentileza de “ligar somente interessados”, fica a pergunta: será que alguém realmente ligou?
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Seção VIRABREQUIM: Ninguém é De Ninguém e Todo Mundo é De Todo Mundo...
Nem sempre o que olhamos é realmente aquilo que parece ser! Este velho jargão vale para algumas das surpresas da vida, da natureza e também para os automóveis. Em geral, associamos os modelos dos carros às montadoras que os produzem. Porém, assim como em outros tipos de negócios, também a indústria automobilística passa por transformações nas quais, eventualmente, uma determinada fábrica assume o espólio deixado por uma outra – ou por outras, de acordo com a situação econômica das empresas.
Há quem não tenha a menor idéia, por exemplo, de que a Fiat, desde a década de 1960, é a verdadeira proprietária da famosa Ferrari, controlando ainda marcas famosas como a Alfa Romeo, a Lância, Abarth, Jeep, Dodge e, mais recentemente, a Chrysler. Outra gigante do mundo automobilístico é a Volkswagen: como se não bastasse possuir diversos modelos próprios espalhados no mundo inteiro, a VW é dona das cultuadas marcas Audi e Lamborghini, Bugatti (desde 1998) e Bentley (montadora inglesa mais conhecida por fabricar os carros de luxo usados pela Família Real Britânica), além de ter iniciado uma relevante sociedade com a famosíssima Porsche em março deste ano. Outro exemplo de destaque é a BMW, responsável pelo Mini Cooper e pelo Rolls-Royce e que também já foi dona da Land Rover, atualmente nas mãos da indiana Tata Motors, que por sinal se tornou fabricante do cultuado Jaguar – o mesmo Jaguar que, assim como a inglesa Aston Martin, já pertenceu à Ford. No extremo oriente, a briga no segmento de alto luxo encontra-se bastante acirrada entre a Toyota, que responde pela Lexus, a Nissan, fabricante do Infinity e a Honda, que corre por fora com o Acura.
Todavia, de uma coisa todos sabem: os que mais saem ganhando com a alternância de marcas e montadoras são os motoristas e apreciadores de carros, que podem manter viva a paixão por tais maravilhavas graças à sobrevida garantida pelas empresas que não têm medo de investir pesado nas boas idéias – e boas idéias são sempre passíveis de aprimoramento para que assim possam durar indefinidamente.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Seção Colírio: Desirée Oliveira
Se o visitante do blog anda apreensivo com a previsão do tempo por conta das mal afamadas chuvas de verão, então não se preocupe: a belíssima Desirée Oliveira terá sempre um guarda-chuva para protegê-lo! Afinal, quer uma visão mais tranqüilizadora do que esta?
Publicada no site do jornal Extra do Rio de Janeiro ( http://extra.globo.com/ ), esta imagem da “mulata difícil” do programa Zorra Total, trajando um biquíni de bolinha capaz de tornar ainda mais sensuais as suas formas perfeitas e esculturais, é tudo de bom (ou melhor, tudo de boa) e mais um pouco! Essa verdadeira deusa do Trópico de Capricórnio faz qualquer marmanjo, munido de um coração fenecido, desfalecer fulminado diante da tela do computador. Existem aqueles visitantes que, só de olhar para Desirée Oliveira, vão acreditar que morreram e chegaram ao paraíso! Não dá para culpá-los, considerando os encantos desta bela morena, cuja beleza fala por si só! Está preocupado com a chuva? Então pede o guarda-chuva à Desirée Oliveira. Mas, se for para evitar os raios do sol, então esqueça: não tem como não pegar fogo diante da gata da Seção Colírio desta semana!
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Seção SEXO – Reproduzindo Conceitos: As Tábuas Que Me Perdoem, Mas Bunda É Fundamental!
Nada como um belo rabo feminino fogoso e generoso para virar a cabeça de um homem! No Brasil, de modo geral, é preferência inconteste – inclusive entre as mulheres, cada vez mais exigentes em relação aos glúteos masculinos que, normalmente, costumam ser tratados como "traseiros", “coleções de estrias” ou "aquele pedaço de carne que o homem carrega embaixo das costas".
Afinal, uma bunda para merecer tão honrado título tem que ser de mulher, preferencialmente mulher brasileira e em harmonia com todo o restante do conjunto. Se os norte-americanos admiram os seios bovinos de suas fêmeas, se russos são tarados pelos pés femininos e só Deus sabe o que preferem os romenos, em nossas plagas tropicais a procura por bundas lindas e em abundância beira os níveis da obsessão!
Nádegas têm seu valor! Afinal, muito em função delas, homens declararam guerras, perderam ou construíram fortunas, além de outras coisas que ficaram bravamente de pé para depois penderem, sugadas, de exaustão! A bunda dá sentido à vida dos brasileiros e os faz sair à caça de tantas quantas forem possíveis de se conquistar. É claro, O Homem do Canadá não poderia esquecer as mulheres que vieram ao mundo desprovidas deste precioso artefato de sedução: sem ressentimentos, amigas cilíndricas, mas lugar de tábua é na construção civil!
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
O Homem Do Canadá Também Está No Twitter!
Se você tiver a sensação de que está sendo seguido, não se assuste: serei eu.
Siga @ohomemdocanada no Twitter: ele seguirá você.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Ou será que não? - Um Blog De Portas Abertas...
Sinta-se sempre bem-vindo ao blog "Ou será que não?", um espaço para a variedade, a informação, o entretenimento e o bom humor. Nossas postagens procuram agradar aos mais diferentes gostos, através de seções variadas, ensaios de interesse comum e diversidade de temas. O Homem Do Canadá lembra a todos que temos o Almoxarifado do blog, nosso atalho para postagens mais antigas, porém não menos importantes. Aproveite esse espaço para comentar, aprender, opinar e até se divertir. Afinal, o blog é feito para você.
domingo, 11 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
As Difíceis Escolhas Da Vida: Férias Finalmente!
Dezembro chegando, gurizada passando (ou não) na escola, patroa querendo pegar “uns bronze” e comer “uns croquete”... É, companheiro, chegou a hora de planejar as férias! Pensando nisso, O Homem do Canadá preparou uma lista com dicas importantes que podem ajudar a tornar suas férias menos estressantes do que o trabalho!
Nº1: Se você pretende sair de carro com a família, não esqueça de verificar o nível... O nível de quem vai viajar com você! Imagina ter que aturar o cunhado desbocado, a irmã funkeira ou o sogro flatulento a viagem inteira?
Nº2: Não saia para caminhar de braços dados com a sua sogra no calçadão da praia, principalmente se ela estiver usando aquele maiô cavado comprado numa liquidação do verão de 1989: as pessoas podem achar que você está “rangando” aquele canhão!
Nº3: Não leve aquele seu parente do interior que nunca viu a praia só porque tem pena: é bem capaz de ele roncar a noite inteira e, ao nascer do sol, aparecer para tomar café da manhã sem escovar os dentes com aquele bafo de esgoto que vai levantar um tremendo mormaço ao redor da mesa!
Nº4: É fundamental instalar o maior número possível de dispositivos de Bom Ar: possivelmente a galera vai traçar todo o tipo de rango que aparecer na frente, seja na praia ou em casa, de peixe vencido a angu à baiana regado no bofe. Horas depois vem o problema da “fermentação” e a turma começa a liberar o “carnição” sem a menor cerimônia – haja nariz!
Nº5: Evite pendurar qualquer despesa na conta ou cair naquele papo de “paga a cerveja pra mim que depois eu te dou a forra”: quando as férias terminarem e você for cobrar a forra, o dito-cujo vai dizer “que estava tão bêbado que não se lembra de ter pedido bebida nenhuma”, te deixando no maior prejuízo – principalmente se tiver pego inúmeros tira-gostos fiados em seu nome sem você saber!
Seguindo as dicas, é bem provável que o visitante do blog descubra que as férias, no final das contas, não precisam dar tanto trabalho assim!
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Seção TV Pra Ti Ver: “Baretta”
Com Robert Blake no papel do policial que dá nome à série, “Baretta” pode ser considerado um dos últimos clássicos de um estilo que, há tempos, anda meio fora de moda: o policial durão, capaz de detonar os bandidos e ainda ficar com alguma gata no final de cada história – neste caso, não um policial típico, mas um sujeito que faz uso de disfarces engenhosos para tapear os criminosos, não abre mão de um bom “X-9” (como Galo, interpretado por Michael D. Roberts), freqüentemente briga com seus superiores (inspetor Shiller, vivido por Dana Elcar na 1ª temporada e substituído pelo ator Edward Grover, no papel de Hal Brubaker, nas temporadas seguintes), vive no hotel de Billy (Tom Ewell), cujas instalações mais lembram um pardieiro melhorado e – mais estranho de tudo – ainda cria uma cacatua!
Exibida originalmente pela rede norte-americana ABC entre 1975 e 1978, “Baretta” somou 4 temporadas ao longo de seus 82 episódios. Surgiu após o fim de “Toma” – seriado de 1974, que retratava a história real de um policial que usava disfarces para efetuar um grande número de prisões, cujo cancelamento ocorreu após a recusa do ator Tony Musante em prosseguir no papel.
Bom para Robert Blake, que ficou mundialmente conhecido após o estrondoso sucesso de “Baretta” – e por sua conturbada vida pessoal em tempos mais recentes. No Brasil o seriado foi ao ar há alguns anos pelos canais pagos Multishow e Universal. Também não possui lançamento oficial em DVD – o que limita os fãs aos discos lançados no mercado paralelo ou às velhas fitas VHS ainda não mofadas. Se depender das distribuidoras, o Brasil continuará sendo o pesadelo dos colecionadores de séries antigas!
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
As Coisas Esquisitas Desta Vida: O Sol e a Neve
No degelo do inverno, cabe ao sol trazer bom tempo. Mesmo a neve mais espessa não resiste à incidência de seus raios persistentes. Inerente a este momento, sempre chega a primavera que traz cores bem mais belas e apazigua todo o espaço, reforçando com encantos o que o sol tocou primeiro.
Nossas vidas não são feitas de infindáveis primaveras. Há invernos que se impõe nos problemas que enfrentamos muito mais pra nos testar, ensinar e tornar plenos. É do quanto aprendemos que advém nossa coragem para superar a neve, desviando de avalanches e vencendo os passos trôpegos: logo o sol se impõe supremo e os problemas se esvaem feito o gelo que derrete.
No degelo do inverno cabe a nós o aprendizado. Novos invernos chegarão para trazer os desafios que a vida nos resguarda se nos testa. Mas o sol retorna certo aos que vencem tais perigos, dando luz e aquecendo os caminhos reservados tão somente aos vencedores.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Retrato Em Branco & Preto: Como Esquecer o Videogame Odyssey?
Para a garotada do início dos anos 1980, Nintendo Wii, Playstation 3 e mesmo alguns aplicativos de games para telefone celular estavam além do imaginável. Notebooks, tablets ou Internet eram o tipo de coisa completamente fora de qualquer expectativa, mesmo nos filmes mais ousados de ficção científica. E quando o assunto era computador pessoal, o máximo que se dispunha na época limitava-se muitas vezes a um CP 500 – o qual, para os padrões tecnológicos de hoje, dispunha de velocidade operacional comparável ao de uma locomotiva a diesel numa corrida contra um trem-bala.
Foi nesse cenário que a Philips lançou no Brasil, em 1983, o videogame Odyssey. Produzido pela Magnavox nos Estados Unidos desde 1972, o Odyssey evoluiu nos anos seguintes de um console com apenas dois jogos (Tênis e Hóquei, nos longínquos tempos do Odyssey 100) para o sistema de cartuchos que poderiam ser trocados de acordo com o interesse do usuário por algum jogo específico. Vítima de uma mal planejada campanha publicitária, a primeira geração do Odyssey teve vida curta – o que não se repetiu nas versões seguintes, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa e no Japão.
Em terras brasileiras, a Philips manteve o produto em linha até meados de 1984, fazendo do Odyssey o concorrente direto do Atari 2600 – direto, mas não a altura, uma vez que os games do Atari eram bem mais diversificados se comparados aos do Odyssey. Apesar disso, jogos como OVNI, Didi Na Minha Encantada, Come-Come (versão “odysseyana” para o clássico Pac Man), Abelhas Assassinas, Futebol Eletrônico e Defensores da Liberdade eram muito populares entre os proprietários do brinquedo naqueles tempos – assim como o intrigante teclado na parte frontal do videogame, quase uma marca registrada. Apesar dos quase 30 anos de seu lançamento no Brasil, ainda é possível adquirir um exemplar do Odyssey em bom estado (com caixa e tudo, incluindo cartuchos) nos principais sites de vendas. Porém, é bom lembrar que o produto é visto como uma raridade e não como quinquilharia, o que lhe agrega merecido valor. Para saber mais sobre o Odyssey e até baixar os jogos em seu computador, visite:
http://odysseymania.classicgaming.com.br/
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Ou será que não? - Um Blog De Portas Abertas...
Sinta-se sempre bem-vindo ao blog "Ou será que não?", um espaço para a variedade, a informação, o entretenimento e o bom humor. Nossas postagens procuram agradar aos mais diferentes gostos, através de seções variadas, ensaios de interesse comum e diversidade de temas. O Homem Do Canadá lembra a todos que temos o Almoxarifado do blog, nosso atalho para postagens mais antigas, porém não menos importantes. Aproveite esse espaço para comentar, aprender, opinar e até se divertir. Afinal, o blog é feito para você.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Seção Cult: Simply Red, “Life” (1995)
O Simply Red acabou em dezembro de 2010 após uma década de muita atividade nos palcos e pouca criatividade nos discos – à exceção de “Stay” (2007), que agradou tanto o público quanto a crítica. Mas houve um tempo em que adquirir algum dos LP’s ou CD’s da banda era garantia de levar um produto de inquestionável qualidade para casa – sorte de quem hoje está na faixa dos 30 aos 45 anos de idade e pôde apreciar o que o Simply Red tinha de melhor a oferecer ao mundo no exato instante em que isso acontecia.
E foi nesse período de extrema fertilidade artística e maturidade musical que a banda inglesa lançou um de seus melhores trabalhos, “Life” (1995). Conhecido pela alternância de músicos ao longo de seus 26 anos de existência , o Simply Red era então formado pelo genial Mick Hucknall (vocal e letras), Fritz McIntyre (teclado e backing vocal), Ian Kirkham (saxofone e teclados) e pelo guitarrista brasileiro Heitor T.P. “Life” contou ainda com a participação de vários artistas convidados, do calibre de Sly Dunbar, Robbie Shakespeare e Bootsy Collins, entre outras feras. Essa turma reunida só poderia produzir verdadeiras pérolas como “You Make Me Believe”, “Never Never Love”, “So Many People”, “Remebering The First Time”, “So Beautiful” e, claro, a fulminante e quase experimental “Fairgroud” (que alcançou o topo das paradas no Reino Unido), maravilhas que desfilam entre as 10 canções de um disco cuja excelência vai de ponta à ponta.
Ao menos em parte, é possível que as qualidades de “Life” tenham sido encobertas pelo eco persistente de “Stars” (1991): lançado quatro anos antes, é ainda considerado pela maioria dos fãs como o melhor disco da banda. De fato, a tríade “A New Flame” (1989) – “Stars” (1991) – “Life” (1995) corresponde ao período no qual o Simply Red produziu seus melhores e mais inspirados trabalhos, fazendo uso de uma criatividade que não se repetiria em projetos posteriores, como os mornos “Blue” (1998) e “Love And The Russian Winter” (1999). Além de fechar a tríade, o disco se destaca por sustentar uma linha melódica equilibrada, sem nuances de desnecessária ousadia, desenvolvendo sua perfeita musicalidade em consonância com a voz cristalina e primorosa de Mick Hucknall. Assim como os dois discos que o antecederam, “Life” é fundamental em qualquer coleção que se preze: representa não apenas a excelência do Simply Red, mas também uma época em que a música produzida internacionalmente dispunha de grande qualidade – diferente das porcarias que tocam por aí nos dias de hoje.
sábado, 3 de dezembro de 2011
DesCLASSIFICADOS: As Melhores Ofertas Para Você Perder Dinheiro!
ATENÇÃO: Informações como telefone, nome do vendedor e site de origem foram ocultadas para proteger a identidade do anunciante.
VW - VolksWagen Fusca Fusca ano 68 - recibo aberto
Vendo fusca ano 68, pneu e estepe meia vida, pequena lanternagem e pintura, carro parado por motivo de defeito da parte elétrica e alternador (a bateria descarrega muito rápido) . Cabo da embreagem quebrada!! Esta em nome de terceiros (com recibo em aberto) e para regularizar e transferir para o nome custa em torno de 1054,00 (multa + ipva + duda de transferência). Preciso desocupar espaço!
Análise do Blog:
O mais incrível no anúncio deste VW Fusca 1968 é que o vendedor foi sincero, deixando as coisas bem claras para um eventual comprador: explicou qual era o defeito na parte elétrica, avisou que a embreagem foi para o saco e que os pneus são “meia-vida”, não escondeu o recibo aberto em nome de terceiros e ainda se deu ao trabalho de somar os valores relativos a uma eventual transferência de propriedade do carro. Enfim: um anunciante cuidadoso, que não se fez de rogado em tornar claro os problemas relativos ao seu carro. No entanto, ele só não esclareceu um pequeno detalhe: quanto está pedindo pelo Fusca!
Conclusão do Blog:
A julgar pela caixa d’água acomodada sobre o capô do Fusca dá até para acreditar que, de fato, o anunciante precisa se livrar do carro por problemas de espaço. É possível que, diante de uma imagem dessas, nem Salvador Dali conseguiria ser tão surreal!
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Seção VIRABREQUIM: Adeus, Amor, Eu Vou Partir...
Proprietários de carros novos, temam: alguns modelos estão prestes a se tornar velhos – e, pior, perdendo significativo valor de mercado, ao menos num primeiro momento. Como se tornou usual, o final do ano assinala tanto os novos lançamentos da indústria automobilística quanto o abandono de alguns veículos em linha há certo tempo. Por isso, determinados carros que chegavam às concessionárias com “duas cabeças” (2011/2012, por exemplo), passam subitamente a ter somente uma (2011/2011), indicando que o pior pode estar por acontecer.
E esse “pior” pode ser o encerramento da produção. É o que acontecerá ao Peugeot 307, que dará lugar ao 308, mais moderno e bem equipado. Produzido em El Palomar (Argentina), o hatch desembarcará por aqui já no primeiro semestre de 2012, aposentando o modelo anterior. Outra montadora que dá sinais de renovação (e já não era sem tempo) é a Chevrolet: depois de liquidar o Vectra Sedan em julho desse ano, dará cabo do Vectra GT, que será substituído pelo Cruze hatch. Além disso, a empresa faz planos para finalizar com brevidade a produção do Astra, do Classic e do problemático Celta, modelos que muito provavelmente já queimaram o combustível que tinham para queimar – talvez com exceção do Chevrolet Astra, que se sai bem nos quesitos qualidade e vendas. Outro que deve “ralar peito” das concessionárias em 2012 é o Fiat Mille. Há décadas rodando em tudo o quanto é canto, o carrinho já cansou e deve ser trocado por um modelo ainda mais barato, fruto de uma estratégia da montadora italiana para enfrentar a ascendente concorrência imposta pelas empresas chinesas no Brasil, cada vez mais famintas por seu quinhão no mercado nacional.
A hora de partir é inevitável para todos. Uns podem permanecer por mais tempo (como os aparentemente eternos Gol, Kombi e S-10), outros podem não ter tanta durabilidade (como aconteceu aos finados Logus, Pointer e Fiat Tipo). Por isso, se as promoções de final de ano trazem aquela vontade de trocar de carro, o motorista precisa de muita atenção para não estacionar o duvidoso ao invés do certo em sua garagem.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Seção Ácaro: As Torres Da Barra Da Tijuca/RJ
Morar na Barra da Tijuca entre o final da década de 1960 e início da década de 1970 não era exatamente “de arrancar o couro”. Considerada uma espécie de “fronteira urbana” da cidade do Rio de Janeiro, num tempo em que os bairros nobres da cidade – como Ipanema, Leblon e Copacabana – perdiam a beleza de suas paisagens por conta dos espigões erguidos à revelia dos interesses da população, a quase selvagem Barra da Tijuca dispunha de vastos terrenos de valor comercial e IPTU razoavelmente baixos, além de uma bela orla que nada ficava devendo às praias mais tradicionais. Havia também promessas quanto à mobilidade interna e à facilidade de acesso ao bairro (os anúncios de imóveis falavam em 7 minutos da Zona Sul à Barra, percurso cuja cronometragem nos dias de hoje depende muito do bom humor do trânsito). Ou seja: tudo o que a especulação imobiliária mais cobiça!
Foi nesse contexto que surgiu o projeto de urbanizar a Barra da Tijuca a partir da construção de 70 torres idênticas. Envolvendo nomes como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Burle Marx, as obras foram iniciadas em 1967 com previsão de término para 1972. Porém, passados 44 anos, apenas 3 torres foram, de fato, erguidas, das quais duas estão devidamente ocupadas e uma está até hoje vazia e inacabada. As intenções dos idealizadores eram realmente boas: transformar a Barra da Tijuca numa espécie de “condomínio gigante” no qual os prédios seriam separados por áreas verdes e onde haveria tranquilidade para se levar os filhos à escola, ir à padaria ou fazer pequenas compras nos mercados locais. O projeto era munido de muitos méritos, mas também dispunha de alguns pecados: indubitavelmente, o maior deles se chamou Desenvolvimento Engenharia Ltda (que bem poderia ter recebido o nome de Subdesenvolvimento Engenharia Ltda). De propriedade do construtor megalomaníaco e “megapicareta” Mucio Athayde (cujo nome remonta a irregularidades empresarias, politicas e administrativas de toda monta), a empreiteira jamais finalizou os prédios e decretou falência em 2005 sem dar maiores satisfações àqueles que pagaram por seus apartamentos e não receberam sequer as chaves.
As Torres da Barra da Tijuca figuram na Seção Ácaro desta semana como um exemplo de propaganda enganosa, do tipo mais execrável. Neste raríssimo anúncio, obtido no blog Paraíso Ocupado e que foi publicado originalmente nos jornais e revistas da época, nos deparamos com elementos comuns às publicações do gênero: a maneira enfática como a qualidade de vida é destacada, a imagem da maquete do projeto, a identificação de seus idealizadores, as “parcelinhas” de acordo com as dimensões dos apartamentos e até mesmo uma gatinha como incentivo extra – principalmente para os marmanjos. É claro que, aos olhos de hoje, a Barra da Tijuca iria parecer um tanto quanto esquisita com 70 enfadonhas torres redondas, pois as pessoas estão acostumadas ao bairro da maneira como ele evoluiu e se consolidou. Todavia, triste mesmo é saber que, apesar de exemplos como este, empreiteiras tão desonestas quanto a finada Desenvolvimento Engenharia ainda persistem no Brasil. Que durem tão somente as construtoras honestas que realmente beneficiam seus clientes, transformando novos espaços ocupados não em dores de cabeça, mas sim em lugares providos da qualidade necessária para se viver.
Para saber mais sobre As Torres da Barra da Tijuca, visite: http://wouterelke.nl/rio/
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