quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As Coisas Esquisitas Desta Vida: A Ilha



Não é fácil ser uma ilha quando se precisa de companhia, mas pode ser bom quando não se faz questão de abraçar o mundo. A solidão é bem-vinda aos que se bastam, àqueles que precisam apenas de si mesmos para chegar à plenitude do perfeito bem-estar. A solidão é doença quando se precisa das pessoas, mas pode ser a cura quando estas se tornam dispensáveis.
A cada indivíduo, aquilo de que ele precisa. O importante é não nos colocarmos em posição de julgar todos os que não negam suas preferências. Assim como as coisas do dia-a-dia, também as pessoas podem ser necessárias ou dispensáveis. Isso depende daquilo que cada um almeja para si próprio, levando me conta o que é necessário à sua sobrevivência. E mesmo aquele que se julga o mais feliz dos solitários, verdadeiramente não está só: convive consigo mesmo e se basta em relação a isso.
Não é fácil ser uma ilha, mas pode ser bom estar disponível para ter consigo mesmo e compreender o próprio EU que habita nos recôncavos de cada um de nós. Quanto às pessoas, elas existem e perambulam como sonâmbulos em busca do próprio entendimento. Se são importantes ou não para nossas vidas, vai depender tão somente do quanto estamos dispostos a não sermos mais uma ilha para nos transformar em continentes.

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