sábado, 27 de agosto de 2011
Agora, Falando Sério: Com Uma Base Aliada Destas, Quem Precisa De Inimigos?
Diferente de Nelson Jobim, o indefeso ex-ministro da defesa, posso dizer que não votei na presidente Dilma Rousseff. Também não votei em José Serra, não porquê este pareça um ex-exilado da Transilvância, mas sim porque não esqueci os oito anos de gestão entreguista e truculenta do PSDB. Não votei em Dilma Rousseff não porque duvide de suas qualidades pessoais ou sua competência enquanto servidora deste país, pois tais características lhe são notórias. Não votei em Dilma Rousseff porque não suporto o PT e menos ainda a “quadrilha partidária” com o qual o outrora “Partido dos Trabalhadores” se aliou. Trata-se das mesmas “figurinhas repetidas” que vêm pilhando despudoradamente os recursos públicos obtidos à custa do suor e do trabalho de toda uma nação – situação que se intensificou a partir do fim do Regime Militar.
N’outras circunstâncias, tal fato não soaria estranho: chatinagens envolvendo ladrões associados à siglas como PMDB, PR ou PTB perderam a capacidade de chocar a opinião pública, num perigoso jogo de banalidade. Todavia, tal condição se faz intolerável quando diz respeito ao PT, partido que, não faz muito tempo, arrotava ética e que demonstrava ser contrário a negociatas e demais esquemas trambiqueiros durante seu longo período de abstinência do poder central, no qual teve de se contentar com o papel de oposição.
O cenário atual de disputas escroques atingiu os patamares da náusea e do asco. Enquanto o Governo Federal impõe duras restrições à população no intuito de conter a inflação e proteger o país de uma feroz crise econômica internacional, mais uma vez vemos os parasitas do Congresso Nacional pressionando a presidência, visando apenas suas cobiçadas verbas teoricamente destinadas a projetos provincianos e eleitoreiros – sem esquecer, é claro, dos percentuais destinados às maracutaias de sempre. Novamente estes calhordas se mostram indignados diante da contenção dos esperados recursos que, ansiosamente, esperam por saquear. E outra vez, vemos estes “experts da legislação em causa própria” realizando manobras sujas que prejudicam a governabilidade, feito crianças mimadas e birrentas que bem mereciam – mas não recebem – boas palmadas.
Dilma Rousseff tenta fazer a faxina que o Brasil tanto precisa, livrando-se do refugo deixado pelos anos de corrupção generalizada que marcaram a administração federal. A chamada “base aliada” vem colocando em prática suas táticas nefastas, num jogo danoso à presidente Dilma Rousseff, cujas boas intenções se chocam com a sanha insaciável de determinados políticos do PT e de sua quadrilha de partidos cupinchas. Nem de longe gostaria de estar no lugar da presidente: com uma “base aliada” destas, quem precisa de inimigos? Afinal, os inimigos estão na própria casa, junto às escórias debaixo do tapete, prontos para puxar-lhe os pés – por isso e muito mais, varrê-los do cenário político nacional constitui-se a limpeza necessária capaz de garantir um futuro melhor para o país.
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