É, no mínimo, curioso observar "especialistas" e "pedagogos" repetindo o velho discurso da "falta de esclarecimento" ou "do pouco conhecimento" quando o assunto é gravidez indesejada, principalmente na adolescência. Sejamos francos: na juventude, todo mundo sabe como os bebês vêm ao mundo e a grande maioria dos adolescentes conhece algum dos meios para evitá-los.
A questão não reside na falta ou não de conhecimento, mas sim no acesso aos métodos anticonceptivos. Afinal para uma moça, não é tarefa fácil dizer à mãe que precisa ir ao ginecologista, pois pretende transar com o(s) namorado(s) - isso sem mencionar as que não têm dinheiro para a consulta, uma vez que a rede pública permanece abarrotada. Por outro lado, muitos rapazes se mostram indiferentes quanto à possibilidade de engravidar esta ou aquela parceira, principalmente quando se trata de sexo ocasional. Andar por aí com preservativos no bolso não é lugar comum entre muitos adolescentes, ainda mais se não estão preocupados com a eventual fertilização de alguma "ficante". Não vou nem mecionar as DST's para não estender demais o assunto.
Se gozar fora pouco resolve durante o período fértil da parceira, é isso o que "especialistas" e "entendidos" continuam fazendo ao persistirem na tese da "falta de esclarecimento": fornecem uma explicação "nas coxas" a uma problemática bem mais "profunda" e para a qual não cabe justificativa fácil.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
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