Muitos vêem as décadas de 1970 e 1980 como períodos marcados por maquiagens carregadas, penteados mullet, planos econômicos furados e seriados de TV. Mas, apesar das esquisitices e problemas socioeconômicos, existiram bons momentos que ajudaram a suavizar as mazelas da vida como discotecas, boas bandas de rock nacional e, claro, a revista MAD.
Criada em 1952 pelos norte-americanos Harvey Kurtzman e Willian Gaines e publicada em diversos paises, a divertida revista sempre primou pelo humor escrachado que desfilava nas paródias de filmes e enlatados made in USA, nos quadrinhos Spy X Spy, nas seções de cartas, respostas cretinas para perguntas imbecis e expressões ao pé da letra, além da capa final que, ao ser dobrada, engenhosamente formava uma ilustração. No Brasil chegou a apresentar paródias de novelas e programas de TV, sem perder um de seus traços mais marcantes: a preocupação de não deixar espaços em branco, o que levava os ilustrados a preencher os fundos dos desenhos com piadas visuais, gags e outras referências.
Em terras tupiniquins, MAD começou a ser publicada em 1974 pela extinta Editora Vecchi, já com Ota à frente de seu editorial. Com a falência da Vecchi nos anos 80, a revista passou pela Record, pela Editora Mythos e, atualmente, encontra-se nas mãos da Panini. Nos E.UA., MAD chegou a ser proibida e investigada pelo FBI, sob a acusação de contribuir para a delinqüência juvenil. Tanto melhor para o esquisitíssimo Alfred E. Newman, o garoto-propaganda revista, que agradeceu a promoção gratuita obtida com a temporária proibição: seu rosto nada sensual continua estampando a revista até hoje!
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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