Se a mais destrutiva forma de produzir arte resume-se à batida fórmula sexo-drogas-e-rock'n roll, a mais construtiva pode ser encontrada no encontro da carência com a paixão, principalmente se esta última não for correspondida. Verdadeiras pérolas da música foram criadas por compositores amargurados ou desiludidos - e não menos apaixonados -, dispensando sexo ou drogas na criação de compassos musicais marcados por luxuriante sensualidade.
Por outro lado, a banalização do sexo e a vulgarização da figura da mulher são facilmente encontrados no que há de pior em termos de ausência de qualidade musical, seja na pieguice dos cantores "sertanejos" - na qual a mulher está sempre pré-disposta a algum ato falho -, seja na mediocridade vazia das letras nas batidas funk's.
Acima de tudo, a sensualidade na música demanda uma sutileza libidinosa que somente os poetas apaixonados têm capacidade de produzir. Quanto ao resto, limita-se a isso: refugos de um erotismo exacerbado resultante do excesso de idioticie aliado à falta de paixão.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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