Druuna certamente não se casaria na igreja. Também não estaria
interessada numa vaga como secretária executiva de uma transnacional. Druuna não mimaria os filhos porque não os teria. Druuna é suja, pervertida, promíscua mas, acima de tudo, Druuna é dona de toda a sensualidade que toda a mulher gostaria de ter.
Muito conhecida no universo HQ e musa da turma que curte heavy metal, a personagem é criação de Paolo Serpieri. Nas histórias futuristas de Druuna, uma doença apavora a humanidade, pois o vírus da moléstia tem a capacidade de tansformar humanos em mutantes sexualmente pervertidos. Nesse mundo de umbrais depravados, Druuna se prostitui no intuíto de obter antibióticos para ajudar o namorado.
Serpieri desenvolveu a trama entre 1985 e 2003 nos álbuns "Morbus Gravis", "Druuna - Obsessão", "Creatura", "Mandragora", "Aphrodisia" e "O Planeta Esquecido". Existe ainda uma edição rara, de 1981, que apresentou a personagem pela primeira vez. Porém, em todos os álbuns, o traço perfeito de Serpieri se faz presente, tanto na riqueza de detalhes em cada quadro quanto nas aventuras sexuais de Druuna - por vezes sadomasoquistas, pervertidas e explícitas.
Não é leitura pra quem tem estômago fraco. Muito menos pode ser recomendada para menores de 18 anos. Talvez por isso Druuna seja o tipo de quadrinhos muito cultuado, porém pouco conhecido do grande público. Todavia, entre as experiências quase alucinógenas de Druuna e a realidade científica que a envolve, o leitor certamente se delicia com o roteiro envolvente e as ilustrações impecáveis de Serpieri. Druuna é uma obra-prima não reconhecida.
domingo, 28 de março de 2010
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