terça-feira, 2 de março de 2010

As Coisas Esquisitas Dessa Vida: Animal De Estimação Ou Dono Com Frustração?



Feliz é o gato que escolhe o seu dono!
Desde o surgimento do homem no planeta, a nossa relação com as demais espécies que perambulam pela superfície nunca foi exatamente cordial. Isso fez com que as demais criaturas desenvolvessem um instinto anti-humano: o passarinho se manda ao nos ver, o peixe some na escuridão das águas e o urso tenta nos predar.
Todavia, quando se trata de animais domésticos, essa relação fica menos tensa. Tirando aquele sujeito que coloca a ninhada de gatos numa bolsa para despachá-la sobre os trilhos do metrô, normalmente as pessoas procuram se entender com cães, gatos, periquitos e peixes de aquário.
Ter um animal de estimação pode acontecer por motivos diversos: proteção da casa com o cachorro, exibição do humano através da beleza do animal, combate aos ratos com os gatos ou, simplesmente, ter alguma coisa por perto que afugente a solidão. E é aí que está o perigo: em geral, animais domésticos tem prazo de validade curto ou estão muito sujeitos à doenças. Para alguns, a morte ou desaparecimento do bicho pode ser tão ruim quanto a perda um parente.
Animal doméstico deve ser bem tratado e pode até ser motivo de alegria. Mas nenhum animal traz consigo uma receita médica contra nossas frustrações e fraquezas humanas. Problemas humanos têm que ser resolvidos com soluções humanas. Ao animal, sempre deve caber apenas sua verdadeira e primordial função: ter a liberdade de ser um animal.
Não se deve, portanto, confundir animais com terapeutas.

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