Quem é que nunca ficou de saco cheio? Quem é que nunca se cansou de mediocridade? Quantas vezes sentimos aquela vontade de parar, jogar tudo pro alto, mudar de rumo, seguir em frente, sair da mesmice? É como se um ciclo de nossas vidas tivesse se fechado para, em seguida, abrir-se outro, mas sem sabermos direito que rumo tomar - qual adolescentes num exame vocacional, porém sem uma lista de profissões a escolher...
Parece muito, mas a verdade é que, nestes momentos, precisamos de pouco, apenas um lugar e um tempo diferentes para se viver, conhecendo novas pessoas, provando novos sabores, desfrutando os odores suaves da escolha bem feita na plenitude individual de sentir-se novamente em harmonia com os exteriores, apaziguados por toda a ternura que, somente assim, voltaremos a sentir em nós mesmos.
Não se trata de carências afetivas, opção religiosa ou dogmas exotéricos. Trata-se apenas de nós mesmos e, por mais esquisito que possa parecer, é uma sensação munida de suave normalidade. É a simples necessidade de nos aprofundarmos naquilo que realmente queremos e precisamos para, só então, encontrarmos a indelével consonância com as coisas deste mundo.
Foto: cidade de Inuvik, Canadá, em 1975.
sábado, 27 de março de 2010
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