sábado, 24 de setembro de 2011
Agora, Falando Sério: O Fundamentalismo Cristão No Brasil
A constituição garante liberdade de culto aos cidadãos do Brasil. Por liberdade de culto, entende-se não apenas o direito à escolha religiosa, mas também a prática da fé naquilo em que se acredita. Daí que não haja espaço para julgamentos em relação àquilo em que o próximo deposite confiança, nem tão pouco para críticas voltadas a quaisquer formas de manifestação religiosa, uma vez que proporcionam felicidade, segurança e bem-estar àqueles que nelas acreditam.
Todavia, o comportamento observado entre certos grupos religiosos – não apenas no Brasil, mas também em outras partes do mundo – vai contra àquilo que está estabelecido na nossa Constituição. Desrespeito a centros religiosos afro-brasileiros – inclusive com danos físicos aos espaços de culto –, interpretações ao pé da letra da Bíblia Sagrada levando pessoas à morte por falta de uma simples doação de sangue, atentados contra imagens católicas e até uso de concessões públicas de rádio e televisão para manipulação de massas contra determinados credos, tornaram-se lugar-comum no país – criando um perigoso ciclo de discussões banais que nada de produtivo acrescenta às vidas das pessoas e não lhes confere bônus nem neste mundo, nem em outro – é bem mais provável que lhes garanta ônus.
A bola da vez do fundamentalismo cristão brasileiro é a perseguição ao famoso “Rá-Tim-Bum” das festas infantis. Creditado ao demônio, vêm sendo substituído por expressões improvisadas que beiram o ridículo, pois destoam do contexto geral da festa e desagradam àqueles que não dão crédito a estereótipos do gênero. Cada um tem o direito de fazer a sua festa da maneira que quiser e isso é incontestável. Mas, se for para impor bobagens advindas de idéias pré-concebidas por fanáticos, então o melhor é não cantar nada: as crianças não merecem ser contaminadas pelas doenças dogmáticas que infestam os adultos. O bem e o mal estão presentes no coração das pessoas, não necessariamente naquilo que elas pronunciam.
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olá Sérgio, muito boa essa sua postagem, aborda um ponto muito importante que eu igualmente observo, como sou uma universalista,respeito "toda forma de amor" e entendo que cada pessoa deva encontrar o seu caminho pra entrar em comunhão com o Sagrado!! Bjo amigo!!
ResponderExcluirObrigado, Ivone. E obrigado por seguir o blog. Um grande abraço para você.
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