Houve um tempo em que as praças não eram apenas lugares onde se podia contratar uma prostituta ou comprar pedras de crack. Houve um tempo em que podíamos usar as praças para encontrar a namorada, andar de bicicleta, jogar damas e até tirar algumas fotos: fosse o 3X4 para um documento ou uma recordação, bastava procurar o Lambe-lambe (ou retratista, dependendo da região do Brasil) e posar diante de máquina fotográfica, sempre apoiada sobre um tripé. Alguns “retratistas” podiam oferecer cenários de fundo se o freguês assim o quisesse, ou ainda o conjunto camisa-paletó-gravata nas fotos com fundo branco para documentos oficiais.
Fosse para o que fosse, lá estava o Lambe-lambe com seu equipamento, acomodado sob uma sombra de árvore e pronto para tirar a próxima fotografia. Mas aí vieram as lojas com suas máquinas que tiravam fotos coloridas de maior qualidade e durabilidade, seguidas em tempos mais recentes pelo 3X4 digital e instantâneo, o qual podemos tirar hoje em qualquer loja de foto e vídeo.
E quanto ao Lambe-lambe? Bem, o Lambe-lambe se foi, junto com os passeios de bicicleta ou o jogo de damas, deixando assim as praças mais vazias e com pouca coisa que valha a pena se retratar.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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