É quase cômico observar as campanhas de TV por assinatura contra a pirataria de seus sinais. Falta a elas oferecer pacotes melhores nos quais os clientes possam escolher quais canais preferem assistir, o que reduziria o número de pessoas fazendo uso da "gatonet". Mas, na conjuntura atual, se o caso é "pagar para não ver", muitos se deixam seduzir pelo serviço oferecido pela "turma do Barba Negra".
É imoral o tratamento dispensado àqueles que erram - deliberadamente ou não - no preenchimento de suas declarações de imposto de renda. Afinal, multas que chegam a 75% do valor devido não encontram justificativa em nenhum índice econômico existente. Por sua vez, a Receita Federal faz valer cada penalidade prevista por um código tributário espoliante que, por sua vez, presta-se a estimular o calote e desestimular o crescimento econômico.
É ofensiva a maneira como as empresas fornecedoras de energia punem aqueles que fazem o "gato" em seus relógios para reduzir os valores de suas contas: o que foi tirado de todos durante o chamado "apagão" de 2001 para que estas mesmas empresas não operassem com prejuízo, não foi e jamais será devolvido. Foi um gato dado nos consumidores - com cara de ébano e muito óleo de peroba!
Às vezes o Brasil cansa. Nem mesmo suas belezas naturais parecem compensar a soma de tantos absurdos. Dá uma vontade danada de fazer o que parece mais certo: sumir do mapa e esquecer que, um dia, este país de absurdos históricos e incorrigíveis um dia existiu.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
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