quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quando Alunos Não São Aprovados Em Ética, a Instituição é Que Leva Nota Zero


Responda rápido: você matricularia seu filho numa instituição de nível superior onde a integridades física de uma discente foi ameaçada por um grande grupo de pessoas que foi às aulas levando seus livros - porém deixando a ética em casa?
Você matricularia ou estimularia seu filho a fazer seu curso superior numa universidade que se dispõe a expulsar a vítima de um quase massacre, sem demonstrar a mesma rapidez energética na punição de seus algozes?
Você ficaria tranquilo em casa sabendo que seu filho frequenta um ambiente educacional cuja ética dos educandos limita-se a perseguir alguém por trajar este ou aquele tipo de roupa, por exibir-se desta ou daquela forma?
Que as políticas públicas educacionais voltadas para o ensino fundamental e médio estão exterminando há tempos a qualidade do ensino e, porque não, dos próprios alunos que concluem essa etapa (muitos deles semi-alfabetizados, beneficiados pela sanha por estatísticas positivas - que se revertem em verbas - por parte da mesma politicanalha de sempre), todo mundo sabe.
Porém, o que se vê no ensino superior mostra-se extremamente preocupante - ainda mais partindo de uma instituição privada, e não pública. Quando alunos chegam à universidade mais preocupados em agredir seu semelhante (criando tumultos para disponibilizar as imagens na internet) do que a aprender o necessário para que possam ser bons profissionais no futuro, então a Educação no Brasil está realmente em cheque. Que tipo de profissionais serão tais elementos? Você poderia confiar neles? Qual seria a ética, os valores morais na vida em sociedade?
É preocupante. Não gostaria de saber, por exemplo, que minha cirurgia de ponte de safena será realizada por um médico (ou médica) que participou de um quase linchamento de uma mulher apenas por não concordar com o tipo de roupa que ela trajava. Não gostaria de saber que meu filho iria se formar numa instituição que endossou essa falta de ética e senso de ridículo ao expulsar a vítima. Talvez eu não quisesse na minha empresa alguém formado por este estabelecimento de ensino, pois poderia tratar-se de alguém cuja disposição poderia estar mais voltada a criar problemas do que a mostrar resultados.
É preocupante - e muito. Além de tudo isso, O Homem Do Canadá concorda com o colunista da rádio Bandnews FM, José Simão, que lançou pelo PGN (Partido da Genitalha Nacional) a campanha "Pela Descriminalização Das Gostosas". E acrescentaria: "Contra a Falta De Ética De Alunos Sem Noção e Instituições Sem Moral". A indecência não estava no vestido: estava, e ainda está, nas pessoas.

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