quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"Ou Será Que Não Não?" No Apagão!


O Brasil é um país que pode se orgulhar de possuir uma matriz energética que pouco - ou nada - contribui para o aquecimento global. É uma matriz limpa, com pouquíssimo uso da energia nuclear (cujos dejetos contaminados são sempre uma dor de cabeça para os países que lançam mão em larga escala desta tecnologia) e um uso limitado de usinas termelétricas, muitas delas produzindo energia elétrica a partir do gás natural, menos poluente do que os hidrocarbonetos mais usados pelo segmento.
As usinas hidrelétricas, predominantes nessa matriz, só criam problemas ambientas quando da construção das mesmas - muito pela necessidade de alagar áreas para a criação do lago artificial que movimentará as turbinas. Também a putrefação da matéria orgânica submersa causa problemas durante um bom tempo, pois a evaporação da água do lago leva mais gás carbônico à atmosfera - CO2 este resultante desse processo de apodrecimento, principalmente dos vegetais.
Daí que a maior parte de nossa energia advenha de uma origem menos incoerente nestes tempos de preocupação com questões atinentes ao aquecimento global e ao futuro do planeta.
Então, por que o blackout dos dias 10-11 de novembro?
Para O Homem Do Canadá, o verdadeiro apagão não foi o que aconteceu para 70 milhões de brasileiros - aproximadamente. Foi, em verdade, o apagão de sempre na mentalidade política nacional, que insiste em ignorar as possibilidades de erro e as chances de problemas no setor, mantendo-se inoperante diante de situações de emergência como a que assolou o país esta semana, quando nenhum plano B rápido e eficiente parecia existir. E toma-lhe imposto sobre os brasileiros, toma-lhe promessas sempre mal cumpridas, toma-lhe cobranças do povo nas ocasiões em que o governo se mostra incompetente: quando as coisas se complicam, ficamos na mão - e na escuridão. Foi assim em 1999, foi assim em 2001 (o caso mais esdrúxulo e absurdo, sem dúvida) e foi assim essa semana.
Pela média, é só questão de tempo até o próximo... E nem adiante esperar que "alguma luz" ilumine nossas classes dirigentes: elas, sempre agindo nas sombras, continuam, como sempre, negligentes.

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