Pessoas chegam e se vão em nossas vidas sem que, muitas vezes, tomemos conhecimento de sua verdadeira importância. Algumas amizades são concretas, outras mais sutis, porém a importância de cada uma se iguala à exata proporção em que nos lembramos delas. Para algumas atribuímos mais valor, para outras não achamos importância, mas o fato é que ali estão (ou estiveram) contando com nossas existências – e fazendo parte delas.
Amizade é bem que não tem cor, não é palpável, não é venal. Por vezes se comporta como a água que, de tão fundamental e rotineira em nosso cotidiano, passa sem ser percebida, na pressa das horas que voam afoitas, rasgando os dias cada vez mais curtos. E, como a água, uma vez perdida não será renovável – esgotável se evadimos do cuidado de sempre estar por perto.
Pessoas chegam e se vão em nossas vidas sem que, na maioria das vezes, venhamos a nos dar conta da falta que, cedo ou tarde, farão. Seja a amizade profunda ou superficial, sua relevância independe do quanto venhamos a nos lembrar dela. Todavia, o valor que venhamos a auferir aos amigos será sempre proporcional à saudade que sentiremos deles, quando os caminhos da ressoma se tornarem diferentes e o rumo tomado por cada uma das partes acabe se transformando numa grande interrogação.
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