Seção Cult: “Elvis Is Back!” (1960)

Quer um album clássico em sua coleção? Então adquira “Elvis Is Back!”. Para quem aprecia Rock’n Roll no melhor de sua essência, trata-se de material imprescindível, não somente por se tratar de Elvis Presley, mas principalmente por reunir um repertório irretocável abrilhantado pela voz magistral do Rei. Meio como um “divisor de águas” entre a versão indomável de Elvis anterior a 1959 e a imagem de bom rapaz criada a partir dos filmes que protagonizou na década de 1960 (de qualidade bastante duvidosa), este memorável vinil marcou o retorno do Rei ao show business em seu melhor estilo, após seu longo período de serviço militar na Alemanha.
Lançado pela RCA Victor em abril de 1960, o disco figura no livro “Os 1000 Álbuns Que Você Deve Ouvir Antes De Morrer” (juntamente com “From Elvis In Menphis”, outro relevante clássico do Rei, de 1969) e contou com feras como Scotty Moore (guitarras), Bob Moore (contrabaixo), Boots Randolph (saxofone), D.J. Fontana (bateria), além do quarteto The Jordanaires no backing vocal, grupo conhecido por acompanhar Elvis em vários de seus trabalhos durante a década de 1950. Obviamente o ponto mais forte de “Elvis Is Back!” está na própria voz de Elvis: cristalina, enfática, confiante, adequando-se de forma perfeita a cada canção ao longo de quase 32 minutos.
Reunindo pérolas como “Make Me Know It” (do mestre Otis Blackwell), “Ferver” (de Davenport & Cooley, posteriormente relançada por outros artistas), “Dirty, Dirty Feeling” (de Leiber & Stoller), “Such A Night” (de Lincoln Chase), “The Girl Of My Best Friend” (de Ross & Bobrick), dois exemplos do mais puro blues, “Like A Baby” (de Jesse Stone) e “Reconsider Baby” (de Lowell Fulsom), além de outras maravilhas que totalizam as 12 faixas do vinil, “Elvis Is Back!” é o tipo de disco que deixa a quem o escuta querendo um pouco mais – típico de Presley que se foi em agosto de 1977, alimentando seus fãs com essa mesma sensação. Dá para aliviá-la um pouco apreciando “Elvis Is Back!” sem qualquer moderação!