sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Agora, Falando Sério: Limpeza Geral No Planalto Central
Não há dúvidas de que um dos grandes méritos do governo Dilma Rousseff está em sua postura diante de denúncias de corrupção e outros desvios de conduta que respingam nos patamares mais elevados da administração federal. Diferente de seu antecessor – aquele que nada via, nada ouvia e nada sabia –, Dilma Rousseff não esmorece quando se trata de informações levantadas pela imprensa ou de acusações feitas a ministros e seus subalternos. Quase nunca fazendo uso do impessoal porta-voz da presidência, Dilma encara o ataque direto de seus opositores sempre que se dispõe a justificar o posicionamento do governo mediante uma infindável avalanche de denúncias.
Muito por conta deste “ministério de aloprados”, a popularidade da presidente apresenta uma sensível queda, resultante do desgaste promovido por alguns de seus inconseqüentes asseclas. “Seus” em termos, pois certo contingente de tais subalternos é parte do refugo nefasto deixado pela administração anterior – à exceção do ex-ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, um dos mais famintos tubarões-martelo do Partido dos Trabalhadores e que havia sido engolido por Dilma como uma indigesta indicação que, como era de se esperar, caiu rapidamente, sendo providencialmente substituído por alguém que a presidente queria e em quem, de fato, confia: a atual ministra Gleisi Hoffmann.
Agora é a vez do Ministério do Trabalho passar por uma devassa. Tendo à frente o ex-jornaleiro Carlos Lupi – o homem que faz os restos mortais de Leonel Brizola se revirarem no túmulo toda vez que abre a boca para dizer alguma besteira –, caiu nas “desgraças” da revista Veja – sempre a Veja, aquela que alguns esquerdistas hoje tanto abominam, mas que outrora idolatravam quando fazia acusações durante a Era FHC –, que levou a público denúncias capazes de mostrar o quanto Carlos Lupi é um ministro do trabalho que dá trabalho, especialmente a Dilma. Não parece justo que a população faça da presidente uma figura impopular, muito por conta dos aloprados deixados pelo governo Lula. Seria mais justo julgar Dilma Rousseff por Dilma Rousseff e não por alguns de seus subordinados que até hoje chafurdam no lamaçal melodramático que tanto marcou a administração anterior do PT.
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