Independente de quando as empresas do setor petrolífero vão começar a explorar as reservas da camada Pré-Sal, a ocorrência de algum acidente pode ser só uma questão de tempo. O Homem do Canadá não está fazendo tal afirmação por ser pessimista ou por estar na torcida para que a coisa dê errada. Trata-se apenas de um fato: a extração de petróleo é um negócio de risco e, como tal, são notórios os perigos inerentes à atividade.
Sob este ponto de vista, a retirada dos royalties dos estados produtores é um atentado contra o bom senso. Os danos ambientais que podem ocorrer em caso de acidente precisam de alguma compensação, mesmo que jamais aconteçam e que seja somente “por via das dúvidas”. O que está ocorrendo no Golfo do México nos dá uma escala daquilo que poderemos ter por aqui, na costa dos estados produtores. Tirar-lhes os recursos aos quais teriam direito é violentá-los em prol de uma distribuição nacional que está fadada a alimentar sobremaneira os inúmeros desvios e abusos tão comuns ao erário nacional.
Estão querendo estuprar o Rio de Janeiro, o Espírito Santo e São Paulo em relação a seus direitos constitucionais. Se isso ocorrer, talvez tenha chegado à hora de levantar armas e lutar pelo que legalmente estas UF’s adquiriram. A separação destes estados do restante do país não se faz uma idéia inconcebível, ainda mais por serem eles perfeitamente capazes de se sustentar na forma de um novo país. Afinal, a sujeira que vem de Brasília é mais fétida e danosa do que aquela que pode vir a afogar nossas praias sem nenhuma forma de compensação.
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