sábado, 26 de dezembro de 2009
Mané Garrincha: Fenômeno Mesmo Era Ter As Pernas Tortas!
Futebol era assim, pelo prazer de jogar, pela alegria de dar uma firula e humilhar o adversário, pelo regozijo da vitória. Futebol era assim, um trabalho divertido, uma saudável brincadeira, um convite à aventura. Futebol não era só o negócio pelo negócio, o lucro a qualquer custo, salários e contratos incompatíveis à importância social da função. Futebol era tudo isso e Garrincha era o próprio Futebol.
O “Anjo Das Pernas Tortas” como dizia Vinicius de Moraes, defendeu honrosamente a seleção brasileira, fez história com seus dribles que levavam os adversário ao chão, foi um vitorioso nos times que defendeu, em especial o Botafogo. Mas um melancólico final de carreira no início da década de 70 levou Mané Garrincha a um ostracismo do qual só saiu por ocasião de sua morte precoce, em 1983, vítima do alcoolismo – a imprensa lembrou-se de Mané, os companheiros de outrora voltaram a falar sobre ele, alguns familiares passaram a recorrer à Justiça na tentativa de ganhar qualquer trocado com a exploração de sua imagem por parte da mídia para, quem sabe assim, obter alguma herança que Garrincha não deixou.
O Homem do Canadá detesta os velhos questionamentos de sempre sobre “quem jogava melhor, Garrincha ou Pelé?”, pois esse tipo de pergunta não passa de uma grande bobagem. Ambos foram os melhores do mundo em suas posições, em suas qualidades enquanto profissionais e, jogando juntos, foram imbatíveis – tanto que a Seleção Brasileira nunca perdeu um jogo tendo à frente a dupla. Por tanto, os dois se igualam, não há melhor nem pior e sim um harmônico grupo de atletas que massacrou seus oponentes em duas copas do mundo.
Na voz de Moacir Franco em “Balada nº7”, o refrão “no vídeo-tape do sonho a história acabou” não condiz com a verdade. Mane Garrincha se foi há tempos, mas seu talento está imortalizado nas imagens que ele deixou – uma aula de verdadeiro futebol para os jogadores de hoje, pequenos e insignificantes diante do verdadeiro fenômeno que foi Garrincha.
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