Durante os meses de janeiro e fevereiro, O Homem do Canadá estará de férias! Voltaremos dia 7 de março com postagens inéditas, repletas de bom humor, informação e entretenimento. Por sua vez, o blog ganhará novas seções, enquanto outras serão reestilizadas, como fazemos todos os anos. E as primeiras mudanças já começaram com a mudança da foto do perfil,que agora mostra O Homem do Canadá quando ainda era O Garoto da Ilha de Baffin!
Durante esse período, o internauta poderá rever as melhores postagens de 2010, todas selecionadas pelo Homem Do Canadá . A Retrospectiva 2010 apresentará a cada semana o melhor de cada seção do blog. É uma boa oportunidade para conferir o que há de melhor no Almoxarifado do blog, sem ter que consultá-lo post a post.
O blog estará sempre aqui, de portas abertas, à sua espera. Um abraço a todos.
Sinta-se sempre bem-vindo ao blog "Ou será que não?", um espaço para a variedade, a informação, o entretenimento e o bom humor. Nossas postagens procuram agradar aos mais diferentes gostos, através de seções variadas, ensaios de interesse comum e diversidade de temas. O Homem Do Canadá lembra a todos que temos o Almoxarifado do blog, nosso atalho para postagens mais antigas, porém não menos importantes. Aproveite esse espaço para comentar, aprender, opinar e até se divertir. Afinal, o blog é feito para você.
Nas vias do destino podemos nos defrontar com algum trecho bruscamente interrompido, qual estivéssemos numa estrada e, de súbito, nossa passagem fossem interrompida por um longo e caudaloso rio. Seria complicado e tortuoso descer o desfiladeiro e enfrentar as águas traiçoeiras, não fosse a existência de uma ponte.
Nas vias do destino a ponte pode ser uma constante e, por vezes, não sabemos dar a ela o valor que realmente possui. Não raro, a ponte facilita nossa jornada, nos permitindo chegar onde almejamos na busca infindável de nossos objetivos.
Nas vias do destino, muitas podem ser as pontes: amigos, parentes, pai ou mãe, tantas delas que em diferentes ocasiões nos ajudaram sem pedir nada em troca. Cabe a nós reconhecer o valor de cada ponte, não esquecendo a nossa gratidão por elas e a lembrança de sua importância em nossos caminhos. (Publicado em 08/07/2010)
É bom quando almejamos algo que parece estar fora de nosso alcance! Significa que temos objetivos grandiosos. Por vezes, sequer sabemos por onde começar – mas sabemos o quanto queremos e isso pode ser metade do caminho.
O importante é que não percamos o foco daquilo que realmente desejamos, mesmo diante de opiniões em contrário, de obstáculos a princípio intransponíveis e por mais longa que possa parecer a caminhada: temos de dar um primeiro passo, sem resguardar a nós mesmos qualquer opção de retorno.
Somos aquilo que queremos para nós. Muito por isso, é importante que queiramos ardentemente. A locomotiva que tem de nos mover em direção a nossos anseios precisa manter-se abastecida por nossa determinação. Dessa maneira, calaremos as opiniões em contrário, superaremos o mais tortuoso dos obstáculos e regozijaremos ao nos depararmos com o sucesso da missão cumprida ao final da estrada.
(Publicado em 23/05/2010)
Ele vendia sonhos e esperanças. Tratava-se do tipo de coisa que muita gente não nota ou que, para algumas pessoas, seria meramente trivial - enquanto, para outras, assumiria importância nababesca. E ele as vendia àqueles que careciam de comprá-las. Clientes de toda a sorte com demandas variadas iam ao seu encontro e, quando possível, suas esperanças eram supridas pela aquisição daquilo pelo qual se interessavam. Ele vendia o que muitos precisavam.
Aos ricos, a comodidade de possuir aquilo que se pretende com facilidade, porém sem conhecer a satisfação pessoal reservada aos que experimentam os louros advindos de vencer grandes batalhas. E essas batalhas são muitas e comuns aos mais pobres, pois estes têm de lutar a cada dia de trabalho se desejam obter aquilo de que precisam, ainda que tais coisas sejam somente capazes de lhes proporcionar o mínimo de conforto. Porém, desconhecem o refrigério da comodidade reservada apenas aos financeiramente afortunados.
Ele vendia sonhos e esperanças, pois assim é a vida: para poucos, a guerra já está ganha e, para muitos, trata-se de uma sucessão de longas e penosas batalhas. O vendedor sabia disso e, por essa razão, procurava fazer o melhor trabalho. Pois são os sonhos e as esperanças que nos mantém vivos, que nos proporcionam forças para deixarmos nossas trincheiras e sairmos a campo, em busca de novas conquistas para alcançar.(Publicado em 08/12/2010)
Aqui não é meu lugar. Não deveria esta água ser bebida por mim e eu não deveria estar respirando deste ar. Não é aqui que deveria ganhar meus proventos ou criar meus rebentos. Não é este o lugar e o momento, não é este o tempo e nem exato está o relógio que não deveria ser meu. Mas, por Deus, aqui estou, de boca calada e olhar furtivo, fingindo que ainda vivo, meio como por desatino.
O meu lugar é aquele que habita meu coração, que me faz respirar fundo, capaz de me levar a dar a volta ao mundo apenas para estar lá. Pois é lá que encontrarei o ar certo, a mais cristalina das águas, os dias mais belos e noites plenas de bom sono. É lá que encontrarei meus sonhos e a boa vontade em seguir vivendo, com a boca pensante e olhar mais pleno, com a alma tranqüila por regozijar. O meu lugar é aquele que me completa, pois a ele contemplo e aproveito o tempo pra viver por nada. Lá não existem fantasmas, nem mágoas, nem máculas ou estorvos para estornar: lá é o meu lugar.
Mas estou aqui e aqui não é o meu lugar. Por isso vou existindo, insistindo e reprimindo toda a vontade que me leva a querer chegar lá. Mas ainda estou aqui e por mais que não seja o meu lugar, dá pra levar, sem crise, sem pressa: a esperança de me encontrar não muda, não envelhece, nem há quem a represe - se sustenta no encanto de um lugar que está lá, ansioso e furtivo, apenas esperando o momento de eu chegar...
(Publicado em 27/06/2010)
Em meio às árvores, ao frio típico do platô e próxima a um córrego de águas gélidas, lá estava a velha casa abandonada, refúgio de jovens em busca de acampamento e diversão. Inadvertidamente, espíritos vagam por entre aqueles que ocupam seus cômodos, qual fossem aquelas pessoas vivas e penadas. Nada fazem os espíritos senão galhofar da ignorância destes jovens quanto à existência dos restos mortais de uma mulher assassinada que jazem, esquecidos, sob o assoalho de pedra e argamassa que sustenta seus pés.
Diante das decisões que tomamos nesta vida, o mundo pode ser para nós como esta casa mal assombrada. Assim como os jovens numa aventura de final de semana, nos esgueiramos em meio aos fantasmas do cotidiano, sem que nos demos conta de suas presenças ou do quanto podem estar zombando de nós.
Ao reservarmos todo o nosso tempo às tarefas impostas a nós pelo ritmo de nossos dias, incorremos no risco de não aproveitarmos a infância de nossos filhos, o cantar dos passarinhos ou o frescor de um belo pôr do sol. As coisas que realmente importam nesta vida podem estar ao nosso lado, mas se não formos capazes de vê-las, cairemos frente os fantasmas que poderão nos levar ao fundo do assoalho de nossas existências, as quais passarão sem que sejamos, muitas vezes, capazes de notar.
(Publicado em 30/08/2010)