sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Seção SEXO É FODA: Lula Que Nada - Carlo Mossi é O Cara
Bons tempos aqueles em que íamos aos cinemas pra assistir em tela grande o que vemos agora cotidianamente na tv: mulheres bonitas em altas sacanagens, homens em busca de orgias infindáveis e, à margem de qualquer preconceito, lesbianismos e boiolagens sem pudor. E tudo isso em plena ditadura militar!
Eram os tempos das pornochanchadas, um rótulo criado para produções nacionais não muito sérias - muitas delas bancadas pelo contribuinte brasileiro via Embrafilme -, ora advindas da Boca do Lixo paulistana, ora nascidas em cenários cariocas. Hoje algumas delas se tornaram cult, mas na época o acesso era limitado pela censura 18 anos e pelos eventuais cortes dos censores. "Clássicos" como "Senta no Meu Que Eu Entro Na Sua", "Como era BOA nossa empregada" e "Um Wisky Antes, Um Cigarro Depois" faziam a audiência subir pelas paredes numa época em que o máximo da nudez era ver um joelho de mulher.
E nem só de sacanagem vivia a chamada pornochanchada: alguns filmes eram bem divertidos, com doses bem sacadas de humor e picardia, como "Bem Dotado - O Homem de Itu", enquanto outros se destacavam pelo suspense, como "A Fêmea do Mar", ou pela cultura de época, como "Embalos Alucinantes".
Além dos filmes, muitos atores se destacaram e estabeleceram carreiras aproveitando as oportunidades proporcionadas por este filão. É o caso de Carlo Mossi, galã dos anos 60 e 70, sujeito livre de preconceitos, ator que nas telas se mostrava tão divertido quanto sacana. Entre seus inúmeros filmes - entre atuações, direção ou produção - destaca-se "Gisele", cujo roteiro tinha um tom mais dramático do que aqueles peculiares a estas produções. No campo do entretenimento, "Ah,Que Delícia de Patrão!" também possui seu valor, garantindo boas risadas.
Os filmes resumem suas épocas. Os atores marcam época. Certamente esse é o caso de Mossi.
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