Retrato Em Branco & Preto: Como Esquecer o "Amar é..."?

Na década de 80, eles estavam em todos os lugares, fossem cartões românticos para enamorados apaixonados ou álbuns de figurinhas. Numa época em que não existiam scrap’s e outros dengos internáuticos – sequer alguém poderia imaginar a Internet -, o simpático casalzinho das tiras e cartões “Amar é...” funcionava a contento quando se tratava de mandar um recado à pessoa amada. Sempre precedido por alguma frase do tipo “Amar é... Dividir os sonhos com ela!”, os cartões tinham como inspiração principal o amor, embora eventualmente tratassem de temas relacionados a questões ambientais ou a campanhas de ajuda às crianças carentes.
Criado no final da década de 1960 pela neozelandesa Kim Casali – que fazia uso de cartões diferentes para declarar seu amor ao marido – “Amar é...” começou a ser publicado em escala mundial a partir de 1972. As personagens não foram oficialmente nomeadas, embora o homem procure pelo nome Kim e escreva a letra R na areia da praia em dois dos inúmeros cartões publicados. Outras personagens eram pouco utilizadas na criação de Kim Casali, mas eventualmente apareciam nas mensagens de “Amar é...”, como no caso de um menino e uma menina (possivelmente representações dos filhos da autora), de gatos e do cachorro Fido (que teria, de fato, existido).
Kim Casali faleceu em 1997 e, desde então, “Amar é...” passou a ser elaborado por seu filho, Stefano Casali, que manteve a assinatura da mãe nas ilustrações. Mas a criação de Kim estará sempre eternizada na memória e nos corações dos apaixonados de antigas e novas gerações mundo a fora – com ou sem Internet.