A constituição garante liberdade de culto aos cidadãos do Brasil. Por liberdade de culto, entende-se não apenas o direito à escolha religiosa, mas também a prática da fé naquilo em que se acredita. Daí que não haja espaço para julgamentos em relação àquilo em que o próximo deposite confiança, nem tão pouco para críticas voltadas a quaisquer formas de manifestação religiosa, uma vez que proporcionam felicidade, segurança e bem-estar àqueles que nelas acreditam.
Todavia, o comportamento observado entre certos grupos religiosos – não apenas no Brasil, mas também em outras partes do mundo – vai contra àquilo que está estabelecido na nossa Constituição. Desrespeito a centros religiosos afro-brasileiros – inclusive com danos físicos aos espaços de culto –, interpretações ao pé da letra da Bíblia Sagrada levando pessoas à morte por falta de uma simples doação de sangue, atentados contra imagens católicas e até uso de concessões públicas de rádio e televisão para manipulação de massas contra determinados credos, tornaram-se lugar-comum no país – criando um perigoso ciclo de discussões banais que nada de produtivo acrescenta às vidas das pessoas e não lhes confere bônus nem neste mundo, nem em outro – é bem mais provável que lhes garanta ônus.
A bola da vez do fundamentalismo cristão brasileiro é a perseguição ao famoso “Rá-Tim-Bum” das festas infantis. Creditado ao demônio, vêm sendo substituído por expressões improvisadas que beiram o ridículo, pois destoam do contexto geral da festa e desagradam àqueles que não dão crédito a estereótipos do gênero. Cada um tem o direito de fazer a sua festa da maneira que quiser e isso é incontestável. Mas, se for para impor bobagens advindas de idéias pré-concebidas por fanáticos, então o melhor é não cantar nada: as crianças não merecem ser contaminadas pelas doenças dogmáticas que infestam os adultos. O bem e o mal estão presentes no coração das pessoas, não necessariamente naquilo que elas pronunciam.
olá Sérgio, muito boa essa sua postagem, aborda um ponto muito importante que eu igualmente observo, como sou uma universalista,respeito "toda forma de amor" e entendo que cada pessoa deva encontrar o seu caminho pra entrar em comunhão com o Sagrado!! Bjo amigo!!
ResponderExcluirObrigado, Ivone. E obrigado por seguir o blog. Um grande abraço para você.
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